História dos principais edifícios de BH.

02/10/2013 08:47


 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Edifício Acaiaca, marco da arquitetura da capital e palco de muitas histórias:

 

Do alto do Edifício Acaiaca, situado na avenida Afonso Pena, entre as ruas Espírito Santo e Tamoios, no Centro de Belo Horizonte, é possível ver quase toda a cidade. É o prédio mais alto de BH, com 120 metros de altura e 30 andares. Inaugurado em 1943, o Acaiaca foi projetado em formas geométricas pontiagudas e angulares, estilo art déco, e possui duas faces de índios na fachada, esculpidas pelo engenheiro Luiz Pinto Coelho. Palco de muitas histórias, o edifício já abrigou cinema, lojas de roupas femininas, boate, escola e serviu de também como espaço para a criação de grupos políticos. Hoje o local reúne escritórios de advocacia e de odontologia. O porão, atualmente usado apenas para carga e descarga, serviu como abrigo antiaéreo, já que a ideia era se defender de um suposto ataque alemão à cidade, uma vez que o edifício foi construído durante a Segunda Guerra Mundial.

João Alves é um dos mais antigos funcionários do Acaiaca, ao qual dedicou mais de quatro décadas em diversas funções. João começou como faxineiro e hoje é ascensorista. Ele lembra a época em que o edifício abrigava a TV Itacolomi, na década de 1960, quando o edifício reunia muitos artistas e curiosos. “Naquele tempo o Acaiaca também tinha uma boate que era frequentada, principalmente, pela alta sociedade e pela classe política”, conta. Otacílio Negrão de Lima, então prefeito da capital, era presença confirmada em quase todas as noites. Existia também o Cinema Acaiaca, que tinha capacidade para 900 pessoas, e para o qual se formavam grandes filas de espectadores. No espaço que abrigava o antigo cinema, hoje funciona uma igreja evangélica.

O edifício também foi palco de acontecimentos políticos como o que foi registrado no 11º andar, onde surgiu os Novos Inconfidentes, grupo empresarial que se reunia para planejar um golpe de estado. O objetivo era acabar com a ameaça comunista que, segundo eles, estava próxima. No mesmo andar, funcionava o Sindicato da Indústria de Fiação e Tecelagem. Além disso, a sede mineira do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e a faculdade de Filosofia da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) também funcionaram no Acaiaca, o que tornava o prédio um polo de cultura.

Lenda indígena
 

Próximo ao Arraial do Tejuco, hoje cidade de Diamantina, havia uma poderosa tribo de índios que vivia em constante luta com os tejuquenses e, inclusive, invadiam o arraial em alguns momentos. No local havia um grande cedro que os índios, na sua língua, chamavam de “Acaiaca”. Contavam eles que, no começo do mundo, o rio Jequitinhonha e seus afluentes encheram-se tanto que transbordaram, inundando tudo. Os montes e as árvores mais altas ficaram cobertas e todos os índios morreram. Somente um casal escapou, subindo na Acaiaca. Quando as águas baixaram, eles desceram e começaram a povoar a terra de novo. Os índios tinham, portanto, grande veneração por essa árvore e acreditavam que se ela desaparecesse, a tribo também teria o mesmo fim.

Os portugueses que habitavam o arraial, conhecedores daquela crença, esperavam uma oportunidade para derrubar a Acaiaca. No dia do casamento da índia Cajubi, enquanto os índios dançavam em comemoração, os portugueses derrubavam a árvore a golpes de machado. Quando os índios viram cair por terra a árvore sagrada, ficaram aterrorizados. Pouco tempo depois da morte da Acaiaca surgiu uma grande desavença entre o cacique da tribo e os principais guerreiros. A desarmonia entre eles terminou em uma luta com muitas mortes. No dia seguinte, os tejuquenses não encontraram o menor sinal da Acaiaca. Diz a lenda que foi a partir dessa noite que os garimpeiros começaram a encontrar diamantes, que surgiram dos carvões e das cinzas daquela árvore sagrada


Edifício Mariana:

 

Quando Márcio Deslandes de Matos destranca os cadeados dos portões do Edifício Mariana, no Centro da capital, ele sabe do turbilhão de sonhos e expectativas que o dia aguarda. Essa familiaridade foi adquirida com os 38 anos dedicados à função de encarregado geral do condomínio, que o habituou aos movimentados corredores de um dos maiores centros comerciais de Belo Horizonte. Ao todo, são mais de 270 lojas, divididas em 12 andares, que apesar de oferecer comércios diversos, são compostos majoritariamente por produtos e serviços relacionados ao universo das noivas. “Cerca de 2.500 pessoas passam por aqui diariamente”, contabiliza Márcio. Construído na década de 1940, o prédio, que antes foi espaço para advogados, alfaiates e dentistas, é, desde 1994, Patrimônio Cultural, e segue celebrando a união de casais, mas sem esquecer de colecionar histórias.

Uma delas quem conta é a fotógrafa Ivanilde Almeida, ao se lembrar da cobertura de um casamento que se tornou inesquecível. “O lugar era o Santuário Santo Antônio de Roça Grande, em Sabará. Igreja lotada, noivo alinhado, decoração pronta. Nesse dia até a noiva foi pontual. O problema foi o pastor que não compareceu à celebração”, relembra. No convite, o casamento começaria às 19h, mas naquele dia, os noivos só subiram ao altar depois das 23h, com a chegada de um pastor substituto, acionado de última hora. O bacana é que o episódio só fortaleceu o casal e ainda rendeu novos trabalhos para a Ivanilde. “Os dois continuam juntos! Inclusive, já ganhei três novos clientes indicados por eles, por ter sido flexível com o horário e tolerante com a situação. É o que chamo de custo benefício!”, brinca a fotógrafa, que desde 1996 trabalha com casamentos.

Em algumas lojas, o aluguel de um vestido segue o cronograma que percorre os sete dias da semana. Na Allyence Damas, no 6º andar, por exemplo, as medidas são tiradas na terça-feira. Ao longo da semana é o tempo que as funcionárias levam para modelar o vestido ao tamanho da cliente. Feito isso, o vestido é lavado, se necessário, ganha um reforço no bordado e em seguida é embalado. As peças saem da loja prontas para serem usadas e costumam ser retiradas na sexta-feira, com devolução marcada para a segunda. Essa regra vale apenas para os vestidos que exigem pequenas alterações.

Investimento

O investimento para se alugar um vestido de noiva fica entre R$ 650 e, isso mesmo, R$ 6 mil. Já o custo para as damas de honra ficam entre R$ 150 e R$ 800. Além dos trajes específicos, o edifício ainda oferece serviços de foto e vídeo, convites, artigos para festas, lembrancinhas e vestidos para debutantes. Sem contar os serviços de dentistas, protéticos, radiografia dentária, despachantes, advogados, pronta entrega e restaurantes. O horário de funcionamento é das 9h às 19h.

Foi esse extenso catálogo de ofertas e possibilidades que motivaram os jovens José Caldeira e Natália Rodrigues a fazerem o orçamento pelas lojas do prédio. “Nosso casamento está marcado para o dia 2 de agosto. Como não tivemos muito tempo para organizar os preparativos com mais antecedência, conseguimos resolver 70% das pendências em um único lugar”, conta o noivo. Com este mesmo intuito, a vendedora Aline Borges Costa começa a correr atrás das exigências para o seu casamento, que acontece em abril do próximo ano. “Casar sempre fez parte do meu sonho. Vivi muita coisa ao lado do meu namorado e estou feliz em começar essa nova fase com ele”, conta. “Já tenho até meu vestido em mente: ela será branco, rodado, com uma cauda longa”, explicou, empolgada.

Retorno positivo

Na opinião da costureira Maria Antonieta Sampaio, que trabalha na área há 5 anos, o trabalho com as noivas é gratificante e vale a pena todo o esforço. “Gosto de imaginar a reação das noivas, principalmente quando chegam os vestidos novos. Fico emocionada em ver a noiva dentro daquele modelo, sentindo o que ela sente. A emoção é tão grande que algumas até choram”, lembra. Sua companheira no trabalho e proprietária da loja Beth Noivas, Maria Fernandes Costa também chama atenção para um fato curioso. “Em agosto ninguém gosta de casar, tenho só uma noiva agendada. As pessoas costumam dizer que o mês traz má sorte para o casal”, conta.

Questionada sobra as supertições, Maria ainda explica que algumas envolvem até as estações do ano. “Antigamente, os casamentos aconteciam com maior frequência no mês de maio. Mas hoje os noivos estão preferindo casar em setembro, o mês que primavera começa. Não custa nada arriscar, não é mesmo?”, disse, em sorrisos a empresária.

Quem busca cervejas importadas, drinques elaborados, além de um público mais jovem e alternativo, tem que conhecer a varanda no segundo piso do prédio. É lá que ficam o DUB, o Arcângelo e outros espaços moderninhos que se dividem entre bares e pequenas galerias de arte. Um deles é o Restaurante Popular, um espaço criativo que expõe o trabalho de vários artistas, além de oferecer palestras e oficinas.  Nessa mesma varanda ainda destaco a Galeria Quina e a “Satisfeita, Yolanda?”, uma loja bem legal que oferece roupas originais para os meninos e para as meninas.

Quem mora em BH ou está só de passagem pela cidade precisa conhecer o Maletta. Ele fica na esquina da av. Augusto de Lima com a tradicional Rua da Bahia e vale a visita. 

Edifício Maleta:

 

Em 1961, o Conjunto Arcângelo Maletta era inaugurado e prometia em seu slogan: “Uma outra cidade dentro de Belo Horizonte”. Promessa é dívida, e o gigante de concreto hoje divide seus 88 mil metros quadrados entre apartamentos, salas comerciais e galerias de lojas dos mais variados tipos. Se tornando assim um dos espaços mais ecléticos, democráticos e alternativos da capital mineira.

Projetado para ser o prédio mais moderno e sofisticado da cidade, o Maletta levou vocação mesmo para a boemia. Ponto de encontro de artistas, jornalistas, músicos, intelectuais e notívagos, o lugar foi refúgio libertário na ditadura e teve seus corredores frequentados por figuras como Milton Nascimento, Gal Costa, e Murilo Rubião. 

Hoje a primeira escada rolante de BH já não funciona mais, mas o volume de pessoas que passam diariamente pela galeria principal ainda é impressionante. Durante o dia, a movimentação é mais recatada e formada pelos clientes dos sebos, livrarias, brechós, barbearias, lan houses, lojas de discos e pequenos armarinhos que vendem desde fantasias até acessórios de aeromodelismo. Livrarias como a Shazam, no segundo andar, e a pioneira Eldorado, que fica logo na entrada, são os locais ideais para quem quer aumentar sua biblioteca particular com livros novos, raros e usados. 

Na parte da noite, a veia boêmia do prédio fala mais alto e os bares são as maiores atrações. Dentre os veteranos que servem cerveja desde os primeiros anos de vida do prédio, os mais famosos são o Lua Nova, o Xoq-Xoq e a Cantina do Lucas. Os dois primeiros costumavam ser os queridinhos dos artistas plásticos e escritores; funcionam até hoje e possuem os preços mais acessíveis do Maletta. Já a Cantina, que era local de concentração comunista e possuiu frequentadores como Jô Soares, hoje é patrimônio histórico de Belo Horizonte e serve os mesmos pratos que servia quando abriu as portas pela primeira vez.

Quem busca cervejas importadas, drinques elaborados, além de um público mais jovem e alternativo, tem que conhecer a varanda no segundo piso do prédio. É lá que ficam o DUB, o Arcângelo e outros espaços moderninhos que se dividem entre bares e pequenas galerias de arte. Um deles é o Restaurante Popular, um espaço criativo que expõe o trabalho de vários artistas, além de oferecer palestras e oficinas.  Nessa mesma varanda ainda destaco a Galeria Quina e a “Satisfeita, Yolanda?”, uma loja bem legal que oferece roupas originais para os meninos e para as meninas.

Um dos restaurantes mais charmosos e aberto recentemente, é o restaurante "Feijão" onde os simpáticos proprietários, Eduardo e Fernanda, recebem os fregueses, com uma boa comida mineira, fazendo a todos se sentirem como se estivessem na casa da mamãe. Ele fica na varanda do segundo andar, de frente para a Av.Augusto de Lima.

Quem mora em BH ou está só de passagem pela cidade precisa conhecer o Maletta. Ele fica na esquina da av. Augusto de Lima com a tradicional Rua da Bahia e vale a visita. 

 

EDIFÍCIO J.K:

 

Belo Horizonte possui vários monumentos históricos que atraem pela história, beleza ou até mesmo por relembrar momentos marcantes da sociedade. Um desses prédios é o Conjunto Governador Juscelino Kubitschek, que se encontra no bairro Santo Agostinho, construído na década de 50. O prédio foi arquitetado por Oscar Niemeyer e construído graças ao então governador de Minas Gerais, Juscelino Kubitschek, motivo pelo qual o edifício recebeu esse nome.

O objetivo de JK era “atenuar a crise de moradias que afetava a classe média, proporcionando habitações de alto padrão a custos muito baixos”.

A obra foi encomendada em 1952 e teve início no ano seguinte, porém, sua conclusão só foi acontecer em 1970. O plano do ex-governador era construir um hotel, uma boate, um complexo comercial, cinema, teatro e área de lazer, que seriam anexos de dois prédios ligados por uma passarela. Na época, a construção demorou mais do que o previsto e a intenção era de que os apartamentos fossem destinados a um apart-hotel, com alguns apartamentos de luxo. Porém, a dificuldade de se terminar o prédio, por causa do tamanho, fez com que várias administrações passassem pela construção e, antes da inauguração, marginais tomaram conta do local. Após um período de declínio, o prédio foi recuperado e destinado a moradias. O edifício é considerado um dos maiores da capital mineira.

Atualmente, existem dois edifícios, um de 23 andares, localizado em frente à Rua Timbiras, e o outro de 36 andares, localizado na Rua Guajajaras. No total, cerca de cinco mil pessoas residem nas quase 1100 unidades existentes nos dois blocos do complexo. Entre esses apartamentos, há diferentes tipos: moradias com quarto e banho, com dois quartos ou duplex com três quartos e área de empregada. A população que mora no edifício é bem diversificada, desde pessoas mais humildes até médicos e advogados.

O JK conta com um moderno sistema de segurança, além de uma brigada de incêndio que faz plantão 24 horas por dia. Quem visita o prédio atualmente são estudantes, turistas nacionais e estrangeiros.

O Terminal Turístico JK faz parte do edifício e foi construído no ano de 1984, por iniciativa de Tancredo Neves, então governador de Minas. O terminal possui 51 lojas sendo a maioria agências de viagens e turismo. Atualmente, é usado como o principal ponto de embarque e desembarque no bairro Barro Preto. Fazem parte do terminal uma Delegacia de Polícia, o Sindicato dos Delegados de Minas Gerais e a Caixa Beneficente dos Delegados da Polícia Civil.

 

EDIFÍCIOS SULAMÉRICA E SULACAP, AS TORRES GÊMEAS DE BH:

 

Os edifícios modernistas projetados pelo arquiteto italiano Roberto Capelo ocupam um quarteirão da avenida Afonso Pena, entre as ruas Tamoios e Bahia. As torres substituíram o edifício Sudameris, então sede dos Correios, demolido no início dos anos 40. Em 1972, o local perdeu o jardim frontal, substituído por um anexo, onde hoje funciona uma escola/cursinho.

Cada torre tem 15 andares. O Sulamérica, inaugurado em 1946, era misto, com apartamentos e lojas. Já o Sulacap, de 1947, sempre foi só comercial.

Estrategicamente posicionadas, as torres se harmonizam com o entorno. O prédio é um dos poucos que passou a ocupar um quarteirão inteiro, sem se sobrepor à paisagem local.

 

EDIFÍCIO NIEMEYER DA PRAÇA DA LIBERDADE:

 

Projetado em 1951 e inaugurado em 1960. É um edifício residencial do complexo da Praça da Liberdade. Famílias tradicionais de Belo Horizonte moraram lá, como os Neves, Polizzi, Gianetti e Carsalade Vilela. É tombado pelo Patrimônio Histórico e Cultural em todos os níveis, Federal, Estadual e Municipal.

O prédio na esquina da Praça da Liberdade com av. Brasil fica em um território triangular. São 11 andares e 22 apartamentos, sendo os pares com quatro quartos e os ímpares com três, mas apenas uma vaga de garagem para cada um.

O edifício, projetado por Oscar Niemeyer, foi um dos primeiros do movimento moderno de Belo Horizonte e se tornou ícone nacional do estilo arquitetônico, segundo o arquiteto e urbanista da UFMG, Leonardo Castriota. Ele destoa do conjunto da Praça da Liberdade, por não seguir a altura e os padrões dos prédios restantes. Devido às formas livres inovadoras para a época, até hoje é estudado por estudantes de arquitetura.

Cada apartamento é diferente um do outro, devido às alterações internas feitas pelos proprietários. Não há atualmente crianças residindo no prédio. São aproximadamente 45 moradores, a maioria idosos.

 

OTHON PALACE HOTEL: SUAS CURVAS SÃO TESTEMUNHAS DA HISTÓRIA DE BH:

 

Inaugurado em 10 de outubro de 1978, foi o primeiro hotel de alto luxo de Belo Horizonte. Ele se manteve como ínico do tipo até 1996, quando surgiu o Hotel Ouro Minas na região nordeste da cidade.

A edificação, na av. Afonso Pena, possui 29 andares e conta com 296 apartamentos. O tamanho dos quartos, sempre com vista privilegiada para o Parque Municipal, varia entre 30 e 143 metros quadrados. Possui um tradicional restaurante no último andar e 18 salas para a realização de eventos.

A construção foi baseada em estilo moderno e, apesar das características específicas e diferenciadas, como a forma em curva, o prédio não é tombado e não é considerado referência de arquitetura, segundo o arquiteto e urbanista Flávio Carsalade.

 

EDIFÍCIO ITATIAIA:

Deteriorado e longe do glamour original, o imponente Edifício Itatiaia, na rua da Bahia, no centro de Belo Horizonte, está em processo de restauração. O prédio de 63 anos, completados em 2014, que abrigou até 2001 o Hotel Itatiaia passa pela primeira revitalização desde que foi tombado pelo patrimônio público municipal, em 2004.

Atualmente, o imóvel de 12 andares e 48 apartamentos residenciais está em péssimo estado de conservação. Apresenta rachaduras, problemas de reboco nas fachadas, além de tijolos e ferragens expostas. A restauração foi iniciada em julho de 2014 e tem previsão de término para fevereiro de 2014. Somente as fachadas para as ruas da Bahia e dos Caetés e Av. Santos Dumont serão recuperadas, ganhando pintura nova. Um outro projeto apresentado à Prefeitura Municipal tenta viabilizar a reforma interna.

O edifício é de uso comercial e residencial. Os dois primeiros pavimentos são destinados ao comércio. Entre o terceiro e o sexto andar, estão instalados escritórios de empresas de planos de saúde e quitinentes. Do sétimo ao último andar, restam os apartamentos residenciais.

O projeto arquitetônico do edifício, em estilo clássico moderno, foi desenvolvido pelos arquitetos Rafaeli Berti e Shakespeare Gomes. Já a obra foi executada pela Construtora Companhia e Proprietária de Grandes Hotéis. Foi um dos principais hotéis de luxo de BH entre as décadas de 1950 e 1980.

O Edifício Itatiaia está situado dentro do perímetro da Zona Cultural da Praça da Estação.