Foto: Na imagem vemos a Avenida do Contorno sendo regularizada entre os bairros Santa Tereza e Santa Efigênia, na altura do Frigorifico Perrela, 1929.
 

RUAS:

 

RUA DA BAHIA:

Decantada em prosa e verso – como na famosa frase do compositor mineiro Rômulo Paes, “A minha vida é esta, subir Bahia e descer Floresta”, gravada no metal de um monumento, a via despertou o interesse e a atenção de boêmios, literários e artistas. 

O poeta Carlos Drummond de Andrade dizia que a Rua da Bahia era a mais mineira das vias públicas, carregada de um ar de importância que até “irritava” as demais ruas de Belo Horizonte. O principal motivo era seu valor cultural, já que desde o início do século era referência de comércio, ponto de encontro da boemia e via de acesso à política da capital. A rua nasceu para ligar o centro comercial(Praça da Estação) ao administrativo(Praça da Liberdade).

Em um traçado geométrico, que sobe magro e reto, Bahia afora, após ser retalhada por 17 ruas e 3 importantes avenidas, a via abriga 36 construções tombadas pelo Patrimônio Municipal.

Em seu percurso de aproximadamente 3 quilômetros, corta ruas como Tupinambás, Carijós e Tamoios, o Viaduto de Santa Tereza e Avenida Afonso Pena. Ela sempre esteve presente na planta oficial da capital, projetada pelo engenheiro Aarão Reis, entre 1894 e 1897.

Seu nome é uma homenagem ao Estado da Bahia.

 

RUA DOS CAETÉS:

Três anos após a inauguração de BH, a Rua dos Caetés se destacava como a principal via econômica da capital. Um dos motivos foi o seu traçado privilegiado que liga a Praça Rio Branco(Praça da Estação) à Praça Rui Barbosa(Praça da Rodoviária). A fama de rua comercial começou com os imigrantes sírios, libaneses e árabes. Hoje, os pontos de venda montados pelos estrangeiros são administrados por seus descendentes. A rua e sua adjacência é tombada pelo Patrimônio histórico. O corredor é considerado um museu à céu aberto, pois dezenas de imóveis de várias fases arquitetônicas do início do século XX continuam com suas fachadas originais.

Primeira via a obedecer as diretrizes do Caminhos da Cidade, de prioridade ao pedestre. Quando Belo Horizonte foi construída, algumas ruas e avenidas da região central adquiriram características próprias e marcantes. A Rua dos Caetés e a Avenida do Comércio (atual Avenida Santos Dumont) abrigaram o centro comercial da nova capital. Inicialmente,  instalaram-se na Caetés os comerciantes de origem árabe, síria e libanesa, que vendiam produtos de armarinho, tecidos e enxovais. Com o passar dos anos, chegaram as lojas de artigos esportivos, perfumaria e restaurantes. Sua localização estratégica, que a torna eixo de ligação entre as Praças da Rodoviária, Sete e da Estação, vocacionou o comércio a atender às pessoas que vinham das cidades do interior. Por sua vocação e sua localização, grande número de pedestres por ali circulam.

Outro aspecto importante da Caetés é sua condição de museu arquitetônico ao ar livre. Ao longo da via, são encontradas amostras de vários estilos da arquitetura, como ecletismo, modernismo e art-déco. Estes estilos marcam épocas diferentes da construção e da consolidação de Belo Horizonte como centro urbano. Essas peculiaridades levaram a PBH a escolhê-la como a primeira via a ser tratada dentro da diretrizes do Projeto Caminhos da Cidade, que propõe que o modo a pé seja visto como uma forma de transporte, priorizando, antes de tudo, o pedestre.

Entre as intervenções realizadas destacam-se a ampliação e melhoria da pavimentação de suas calçadas, novo asfalto para as pistas de rolamento, a implantação de projeto paisagístico, a instalação de equipamentos urbanos específicos e a reformulação do sistema de iluminação pública, com focalização especial para os edifícios históricos que se destacam no conjunto. Vale salientar que algumas fachadas de edificações históricas da rua foram recuperadas, numa parceria entre Câmara de Dirigentes Lojistas e Telemar, com o apoio da PBH.

 

RUA JACUÍ:

Conhecida como o “caminho da roça” nos anos 20, a rua Jacuí ligava a capital a Santa Luzia, cortando, naquela época, a região essencialmente rural de Belo Horizonte. Principal acesso aos bairros da região Nordeste, a rua era coberta por lascas de pedra e areia e caracterizava-se por uma via de passagem entre a região e o centro da cidade.

Em meados dos anos 20 e no início dos 30, com os diversos loteamentos de chácaras e fazendas, a paisagem da rua começou a mudar e traços urbanísticos ganharam destaque. Ruas foram abertas, sempre pensadas como paralelas ou transversais à Jacuí. Construções foram margeando seu trajeto e um diversificado comércio concentrou-se no trecho do bairro Renascença, com a criação da Companhia Renascença Industrial.

A fábrica têxtil promoveu uma grande mudança na região. Os apitos da fábrica comandavam o dia-a-dia das centenas de operários e ditava o som que se ouvia na rua Jacuí. Uma curiosidade é que foi no bairro Renascença, nas festas e desfiles promovidos pela Companhia Industrial, que o talento da tecelã Clara Nunes foi revelado.

Com a “revolução industrial” da rua Jacuí era necessária a implantação de uma linha de bonde mais próxima à região, que pudesse deslocar o grande número de trabalhadores que se dirigiam à via todos os dias. Com isso, em 1936, a linha de bonde do bairro Renascença, que fazia o trajeto Floresta/Renascença, foi inaugurada e, já naquela época, a rua Jacuí centralizava em seu eixo grande parte do tráfego da região.

Daquele tempo só restaram alguns antigos moradores e sete casarões tombados pelo Patrimônio Histórico Municipal. As edificações preservam suas características originais e atraem a atenção das pessoas que costumam passar pelo local. Hoje, a Jacuí é considerada a maior rua de Belo Horizonte por alguns guias da cidade, com 4.172 metros de extensão e passa pelos bairros Floresta, Graça, Renascença e Ipiranga. Ela começa na rua Pouso Alegre e termina na avenida Cristiano Machado, perto do Minas Shopping.

 

RUA MÁRMORE:

Começa na Rua Hermílio Alves e termina na Rua Conselheiro Rocha, na esquina da Estação do Metrô. Em seu percurso de pouco mais de um quilômetro, corta oito ruas como Gabro, Estrela do Sul e Tenente Durval.

A rua foi projetada na planta oficial da capital, quando foi pensado o Bairro de Santa Tereza. Em 1898, parte do que seria hoje o bairro, teve outros nomes em razão dos imigrantes estrangeiros que começavam a ocupar a região. Antes o local se chamou Colônia Américo Werneck, Bairro da Imigração, Alto do Matadouro, Bairro do Quartel e Fundos da Floresta.

Não foram achados documentos que justifiquem o nome "Mármore". De acordo com moradores antigos, assim como outras ruas, há outras referências aos minerais nas ruas do bairro.

Na Praça Duque de Caxias, que fica na Rua Mármore, foi instalado o 5º Batalhão da Força Pública, que em 1924, enviou soldados a São Paulo para combater a Coluna Prestes. Na mesma época, foi instalado o 5º Batalhão da Polícia Militar de Minas Gerais, que permaneceu no bairro por mais de 40 anos. Em 1972, foi substituído pelo 16º BPM, atualmente responsável pelo policiamento da região, mas que hoje fica na Rua Tenente Vitorino.

 

RUA DO OURO:

A Rua do Ouro começa na Av. do Contorno, com Av. Getúlio Vargas e termina na Avenida Bandeirantes, no Bairro Serra, Região Centro-Sul da capital.

Em seu percurso, corta as Ruas Monte Alegre, Palmira, Caraça e Trifana. O seu trajeto sinuoso foi construído pela mão do homem, acompanhando o trajeto feito pelos burros que levavam os carroceiros, primeiros moradores do bairro. Consta na história que dois deles, que viviam no local entre uma população de sitiantes e donos de chácaras, no final de cada dia trabalho, soltavam a tropa, que ia subindo, procurando o melhor lugar para passar. Isso determinou as curvas da via, pelo menos até a altura da Rua Caraça, já que, no restante do trajeto, que segue até a Av. Bandeirantes, conforme dados históricos, foi obra dos padres capuchinhos.

O seu nome seguiu a tradição de Belo Horizonte, em que cada bairro tem suas ruas referenciadas a um tema. No Bairro Serra, as ruas tem nome de metais. Alguns deles foram modificados, como a Rua Chumbo, que se transformou em Rua Estevão Pinto.

Atualmente, por volta de 750 veículos por dia trafegam no local.

 

RUA PADRE EUSTÁQUIO:

Quem passa pela Rua Padre Eustáquio, na Região Noroeste, nem sempre percebe o patrimônio histórico escondido ao longo da via. Antes da fundação de Belo Horizonte, em 1897, ela já existia, na forma de estrada, sob o nome de Contagem, pois ia a tá a cidade de Contagem. Por lá, passavam tropeiros que traziam do interior alimentos e demais produtos comercializados em Belo Horizonte, na época Curral Del Rey.

A rua de hoje foi construída respeitando o traçada da antiga estrada e só passou a ter o nome atual depois da morte do padre holandês Humberto Van Lieshout, o Padre Eustáquio, em 1943. O pároco morou na cidade por um ano antes de morrer, mas sua popularidade fez com que a sociedade pedisse a mudança do nome.

Ela começa na Avenida Nossa Senhora de Fátima e termina na esquina com a Rua Curupaiti, quando passa a chamar-se Rua Pará de Minas. Em seu percurso, corta as ruas Tremedal, Castigliano, Progresso, Francisco Sales e Henrique Gorceix.

Na rua convivem a modernidade de prédios mais jovens, com estabelecimentos comerciais e construções das décadas de 1940 e 1950.

 

RUA PADRE PEDRO PINTO:

A história da Rua Padre Pedro Pinto, localizada na Região de Venda Nova, começa por volta de 1711, quando a região começou a ser povoada. A via atual, antiga Rua Direita, que também foi chamada de Estrada do Carretão, por onde passavam tropeiros, é uma parte do que restou do traçado original do antigo “Caminho dos Currais da Bahia”.

Pela estrada, que mais parecia uma trilha, passavam forasteiros que vinham do Norte, Nordeste e do Sul do Brasil, com gado e mercadorias para abastecer as minas de ouro.

Em 1954, por meio de projeto do então vereador João de Paulo Pires, a via recebeu nome de Padre Pedro Pinto, em homenagem ao pároco da Matriz de Santo Antônio, falecido em 1953.

Em seu trajeto, de aproximadamente 6 kms, que começa na esquina da Rua Acre com Avenida Civilização e termina na Avenida D.Pedro I, corta vias importantes, como as Avenidas Vilarinho e Elias Antônio Issa, além das Ruas Dr. Francisco Raul Machado e José Martins de Souza, passando pelos bairros Candelária, Letícia, Piratininga, São João Batista e Lagoinha.

 

AVENIDAS:

 

AVENIDA AFONSO PENA:

A Avenida Afonso Pena é considerada, por muitos, a mais importante de Belo Horizonte. Inaugurada junto com a nova capital de Minas Gerais, é o coração econômico e um dos referenciais urbanos belo-horizontinos. Estende-se hoje por 4,3 km no sentido norte-sul. Quase em linha reta, percorre os bairros Centro, Funcionários, Serra e Mangabeiras. Ao lado das avenidas Amazonas e do Contorno, é uma das principais vias de tráfego da cidade.

Inicia-se no Centro, na Praça Rio Branco, conhecida como Praça da Rodoviária. Cruza com a Avenida Amazonas na Praça Sete de Setembro, ponto considerado o hipercentro de Belo Horizonte e marcado por um obelisco, monumento comemorativo do centenário da Independência Nacional apelidado pela população de "Pirulito". Intercepta a Rua da Bahia. Corta a Avenida Getúlio Vargas, formando a Praça ABC.

Atravessa as Avenidas Brasil, na Praça Tiradentes, e do Contorno, na Praça Milton Campos, servindo de limite à região da Savassi. Continua avançando em direção à Serra do Curral e ultrapassa o traçado pré-planejado da cidade. Termina na Praça da Bandeira, Bairro Mangabeiras, onde intercepta a Avenida Bandeirantes.

Possui grande apelo arquitetônico, marcado por estilos de diferentes épocas. Ao longo de seu percurso, encontram-se vários pontos históricos e culturais importantes, além de igrejas de diversos cultos e órgãos dos poderes públicos municipal, estadual e federal. Destacam-se o prédio da Prefeitura, o Cine-Teatro Brasil, a Igreja São José, o Parque Municipal, o Teatro Francisco Nunes, o Automóvel Clube, o Palácio da Justiça Rodrigues Caldas, o Consevatório da UFMG, o Palácio das Artes, o Edifício Acaiaca, o Othon Palace Hotel, o Café Nice, o Centro Cultural do Instituto Moreira Salles e a Bolsa de Valores Minas-Espírito Santo-Bahia. Aos domingos, abriga a Feira de Artes e Artesanato.

A Avenida foi projetada para funcionar como eixo norte-sul do perímetro urbano da "Cidade de Minas Gerais" e inaugurada, junto com Belo Horizonte, no final do século XIX, em 12 de dezembro de 1897. A planta original de Aarão Reis concebeu a Afonso Pena como a mais larga via da cidade, com 50m de largura (as demais avenidas teriam 35m; as ruas na zona urbana, 20m; e as suburbanas, 14m).

Durante o século XX, sofreu várias alterações que modificaram consideravelmente o projeto original, tendo sido ampliada e alargada.

Nas primeiras décadas do século passado, havia fícus plantados em ambos os lados da via e trilhos por que passavam os bondes. A população, especialmente as pessoas de classes mais altas e famílias tradicionais, se encontravam na avenida durante o footing no final das tardes. Entre as localidades mais marcantes desse período que desapareceram com o passar do tempo destacam-se a loja de roupas femininas Slooper, a chapelaria Londres, a sapataria Clark e o Café Galo.

Na década de 60, os fícus foram derrubados para alargamento da avenida (embora os motivos oficiais do corte, alegados pelo Poder Público à época, tenham sido a contaminação das plantas por pragas e a proliferação de insetos), e os bondes foram desativados para aumentar as pistas de rolamento de automóveis.

A avenida sempre teve início na Praça Rio Branco, onde, desde a década de 70, se localiza a Rodoviária de Belo Horizonte, mas originalmente terminava na praça do Cruzeiro, atual Praça Milton Campos. Em 1970, sua extensão foi prolongada até a Praça da Bandeira, chegando aos pés da Serra do Curral e adquirindo o traçado que possui hoje.

AVENIDA ALFREDO BALENA:

Avenida Alfredo Balena é uma das avenidas da região Centro Sul de Belo Horizonte.

Ela é considerada a Avenida dos Hospitais, por cortar uma região hospitalar.

O nome da avenida foi escolhido em homenagem ao grande farmacêutico, médico e humanista ítalo-brasileiro Alfredo Balena, um dos fundadores da Faculdade de Medicina da UFMG. Antes de mudar de nome, era chamada Avenida Mantiqueira.

AVENIDA AMAZONAS:

A Avenida Amazonas de Belo Horizonte é uma das principais vias da cidade, junto com a avenida do do Contorno e a Avenida Afonso Pena.

Ela cruza a Avenida Afonso Pena na altura da Praça Sete, passa pela Praça Raul Soares (trecho no qual nela está localizado o Edifício JK construído no período em que o mesmo governou a cidade) e rumando para Oeste, cruzando com a Avenida do Contorno e a Avenida Barbacena, cruzando bairros como Barro Preto, Prado, Barroca, Alto Barroca, Nova Suíça, Gameleira, Nova Gameleira, dentre outros.

Nela está localizado um grande centro de convenções, o Expominas, os campus I, II E VI do CEFET-MG e a Transitolândia (5° Batalhão da Polícia Militar), parque educativo que tenta ensinar crianças e jovens a educação no trânsito. Termina na BR-381, próximo a Contagem.

AVENIDA DOS ANDRADAS:

A Avenida dos Andradas é uma das importantes avenidas de Belo Horizonte.

Ela nasce no centro da cidade e vai até o município de Sabará.

Em 2006 foi construído um boulevard arborizado, sob o ribeirão Arrudas, através das obras de recuperação do centro da cidade, financiado pela prefeitura e pelo governo estadual, desde a Alameda Ezequiel Dias até as proximidades da Rodoviária.

AVENIDA ANTÔNIO ABRAHÃO CARAM:

A Avenida Antônio Abrahão Caram é a avenida que liga o Mineirão e o Mineirinho (e, por consequência, a Avenida Presidente Carlos Luz) à Avenida Antônio Carlos.

Ela passa ao lado do campus Pampulha (o principal) da Universidade Federal de Minas Gerais.

Ela atravessa também os bairros São Luís e São José, na Pampulha.

AVENIDA ANTÔNIO CARLOS:

A Avenida Antônio Carlos é a principal artéria de trânsito da regional da Pampulha, em Belo Horizonte bem como de importância geral para a cidade.

Começa ao fim da pista da Lagoa da Pampulha (sendo o outro lado da mesma ligada à avenida Pedro I). Nela está localizado o Campus da Universidade Federal de Minas Gerais, principal universidade do estado de Minas Gerais. Devido à saturação dos últimos anos, passa, desde 2005, por um processo de duplicação.

AVENIDA AUGUSTO DE LIMA:

A Avenida Augusto de Lima é uma das principais da região central de Belo Horizonte.

Ela passa pela Praça Raul Soares e também leva ao Mercado Central.

AVENIDA BRASIL:

Avenida Brasil é uma importante avenida da região Centro Sul de Belo Horizonte, que vai da Praça da Liberdade, na região da Savassi, até a Avenida do Contorno.

Ela é famosa por cortar regiões extremamente valorizadas da cidade, como por exemplo o bairro Funcionários.

AVENIDA PRES. CARLOS LUZ:

A Avenida Presidente Carlos Luz, chamada simplesmente por Carlos Luz ou pelo antigo nome, Catalão, é uma importante via que conecta a Avenida Pedro II à Lagoa da Pampulha, em Belo Horizonte.

Essa Avenida é um caminho para quem quer chegar na UFMG pela região oeste da capital, e, por consequência, no bairro Ouro Preto, onde ficam as repúblicas universitárias.

No final de 2005, o canteiro central da avenida foi reformado, e agora possui trechos novos de grama e ladrilhos.

A Catalão cruza com o Anel Rodoviário na altura do Shopping Del Rey.

AVENIDA DO CONTORNO:

 

A Avenida 17 de Dezembro ou Avenida do Contorno, nome adotado pelo próprio Aarão Reis foi traçada pela Comissão Construtora da Nova Capital para ser o limite entre a Zona Urbana e a Zona Suburbana. Ela dividiria a área reservada para os profissionais liberais, comerciantes e funcionários públicos da área destinada à população de menor poder aquisitivo. Dentro dos limites da Avenida tudo foi pensado e projetado para dar suporte ao crescimento racional e ordenado da nova capital a começar pelo traçado que distingue a zona urbana das demais regiões da capital até os dias atuais, além dos serviços de água, esgoto, calçamento até a arborização e recolhimento de lixo entre outros serviços. Nos primeiros anos do Século XX já era visivel a extrapolação dos limites da Contorno pela malha urbana da capital, principalmente nas colônias agrícolas que circundavam a zona urbana. Um dos motivos desse crescimento à partir dos subúrbios da capital era de que em toda a zona limítrofe com a Avenida do Contorno as leis que regulamentavam a delimitação dos lotes para a construção eram bem mais brandas do que os critérios definidos pela Prefeitura para as construções na zona urbana, que impunha inúmeras restrições para a liberação de uma determinada obra. Esse fato aliado à especulação imobiliária que inflacionou os terrenos dentro da zona urbana além da necessidade de se povoar as vastas áreas suburbanas foram os principais motivos para a lenta ocupação da dita zona além de atrasar a abertura e a finalização de diversas ruas e avenidas, entre elas a própria Contorno.
A Avenida, até o inicio dos anos 20 exibia todo o seu traçado apenas nas Plantas Cadastrais da capital. Ela era na verdade retalhos que circundavam a zona urbana. A Avenida existia em fragmentos na área central, no bairro Floresta e em partes dos bairros Serra, Santa Efigênia e Funcionários. Nos outros trechos a Avenida era apenas uma estrada estreita de terra ou mesmo uma trilha, como nas imediações dos bairros Cidade Jardim e Santo Agostinho, regiões que foram urbanizadas e ocupadas anos mais tarde.
Sobre a Avenida disse o chefe da Seção de Obras da Prefeitura em 1920 “A Avenida do Contorno não está ainda aberta e regularisada de modo a contornar, de facto, a cidade; mas sei-o-á um dia e, portanto, precisa ser conservado o seu traçado primitivo”. A partir de 1920 a finalização da Avenida passou a ser prioridade por parte da Prefeitura pois a cidade apresentava uma expansão na Zona Suburbana, principalmente nas áreas limítrofes com a Contorno. Muitos trechos da Avenida simplesmente haviam virado quarteirões devido a falta de uma Seção de Cadastro eficaz da Prefeitura que permitiu a ocupação irregular em diversos trechos da Avenida. Podemos citar como exemplo o trecho da Avenida do Contorno no cruzamento com a Avenida Carandaí e parte da Avenida Araguaia (Francisco Sales). A Avenida foi projetada pela Comissão Construtora para ter cerca de trinta e cinco metros de largura, mas em 1920 tinham apenas cinco metros de largura devido à existência ai de um lote irregular “vendido” pela Prefeitura no inicio do Século. Nesse caso a Planta Cadastral foi simplesmente ignorada e para continuar a abertura da Avenida foi necessário um acordo com o “dono” do terreno, não sem ônus para a Prefeitura. Ainda nessa década a Avenida foi regularizada entre a área central e a Avenida Barbacena e no fim da década regularizada nos bairros de Santa Tereza e Santa Efigênia.

 

Durante a década de 30 até a sua conclusão já nos anos 40 a Avenida foi aberta e regularizada em alguns trechos entre o bairro Funcionários e o Barro Preto. Foi nesse trecho que a Avenida sofreu uma drástica alteração em relação ao seu traçado projetado pela Comissão Construtora. Como podemos ver na imagem abaixo o trecho compreendido entre a Rua Rio de Janeiro e a Rua Ouro Preto são na verdade trechos da Avenida Barbacena e Rua Antônio de Albuquerque, trechos estes que foram incorporados à Avenida do Contorno quando da sua abertura.
Mas qual teria sido o motivo da mudança de seu traçado? Em minhas pesquisas relacionadas a esse assunto não encontrei nada que justificasse essa mudança. Fez-se necessária então a analise das Plantas confeccionadas pela CCNC. Nelas o Córrego do Leitão tinha, nas proximidades da Fazenda do Leitão uma grande área brejosa e essa área seria exatamente cortada pela Avenida segundo a Planta de 1895. Como a Comissão Construtora não executou as obras nessa região ela se tornou posteriormente uma das colônias Agrícolas que existiram na infante capital de Minas, a Colônia Afonso Pena e mesmo após a sua incorporação à malha urbana de Belo Horizonte essa região continuou pouco povoada.
Na época em que se resolveu dar continuidade à Avenida do Contorno certamente houve um estudo da área em que deveria ser aberta a Avenida e acredito que três motivos levaram o Poder Público a relocar a Avenida suprimindo 12 quarteirões que seriam construídos dentro da zona urbana e que diminuiu consideravelmente a sua área. O primeiro motivo é o fato de que seria muito oneroso e dispendioso realizar uma drenagem das áreas brejosas do Leitão, áreas que até os dias atuais, mesmo estando totalmente ocupadas, saneadas e impermeabilizadas continuam apresentando sérios problemas nos períodos chuvosos, um retrato do desprezo e negligência dos órgãos responsáveis ao permitir a ocupação desenfreada nas vertentes do Córrego, sem levar em consideração a sua topografia além que, se esse trecho tivesse sido aterrado e nivelado quando da abertura da Avenida Prudente de Morais, na canalização do Córrego em 1970 os problemas seriam bem menores. O segundo motivo é que nessa época já existia a Rua Joaquim Murtinho, aberta exatamente no local em que deveria passar a Avenida e que já contava com diversas casas. Remanejar a população ai residente e alargar a rua certamente seria mais oneroso para a Prefeitura do que mudar o traçado da Avenida para uma região ainda desabitada. O terceiro motivo é que já existia uma consciência da necessidade de preservação da sede da Fazenda do Leitão, ultimo casarão remanescente da Freguesia do Curral del Rey. A Avenida, se aberta conforme a Planta Cadastral incluiria o casarão dentro dos limites da Zona Urbana e assim selaria a sua demolição.
Conforme já foi dito foi feita uma grande mudança nos arruamentos dessas Seções, ao mesmo tempo em que eram realizadas obras de infra-estrutura sanitária no vale do Córrego do Leitão área de extrema importância para a Prefeitura devido à arrecadação de impostos, entre outros fatores. Após a relocação da avenida entre as ruas Rio de Janeiro e Ouro Preto ela foi concluída no inicio dos anos 40 permitindo a expansão de uma área importante da capital, ocupada a partir da gestão JK pela população de maior poder aquisitivo e proporcionando a melhoria do acesso a toda a Zona Suburbana da capital.

A Avenida do Contorno é apenas uma das diversas vias que sofreram modificações no seu traçado original devido às construções irregulares ou por necessidade de se acompanhar um curso d’água. No caso da Contorno a mudança foi mais drástica, a tal ponto de extinguir diversos quarteirões da Zona Urbana que na verdade, em relação a arrecadação de impostos e venda de lotes não fez diferença pois a área suprimida se tornou anos mais tarde uma área nobre da capital, conservando-se assim até os dias atuais. Ao modificar acertadamente o traçado da Avenida desviando-se da área brejosa do Córrego do Leitão a Prefeitura evitou um problema que ainda existe na área no período chuvoso, mas que certamente seria muito mais grave caso a Avenida tivesse sido aberta segundo o traçado original devido ao grande fluxo de veículos que passam diariamente pela Avenida.
 

AVENIDA CRISTIANO MACHADO:

Principal corredor da região Norte de Belo Horizonte, sendo também importante para as regiões Nordeste, Pampulha e Venda Nova. É uma das vias mais largas de Belo Horizonte, tendo uma pista central reservada para ônibus e quatro pistas de ida e volta. Nela se localiza um dos maiores shopping centers da cidade, o Minas Shopping, e também um dos seus hotéis mais luxuosos, o Ouro Minas. Começa no Túnel Lagoinha-Concórdia, único da cidade, e termina na MG-10 (que conecta a cidade ao Aeroporto Internacional Tancredo Neves, no município de Confins). A exemplo da Avenida Antônio Carlos, passa por um processo de alargamento e melhoria, dentro do projeto de construção da Linha Verde.

 

Entre os principais locais da avenida, se destacam o Minas Shopping e o bairro Cidade Nova, que é um dos bairros que mais crescem em Belo Horizonte.

AVENIDA CRISTÓVÃO COLOMBO:

A Avenida Cristóvão Colombo fica em Belo Horizonte, na região da Savassi, e é a principal avenida desse bairro.

Essa via conecta a Avenida do Contorno com a Praça da Liberdade, passando pela Praça da Savassi, que é o encontro da Cristóvão Colombo com a Avenida Getúlio Vargas.

AVENIDA GETÚLIO VARGAS:

A Avenida Getúlio Vargas fica na região Centro Sul de Belo Horizonte, e é responsável por conectar dois pontos da Avenida do Contorno.

Na Praça da Savassi, ela se encontra com a Avenida Cristóvão Colombo e em seu cruzamento com a Avenida Afonso Pena está a Praça do ABC.

Denominada originalmente Av. Paraúna, conforme a planta original da cidade, planejada por Aarão Reis, a avenida passou a se chamar Getúlio Vargas por meio do decreto 0037, de 9 de novembro de 1938. Ao longo de seus quase dois quilômetros, a avenida abriga importantes referências da cidade, como a sede do Tribunal Regional do Trabalho, a sede do jornal Estado de Minas, além de luxuosos restaurantes, bares, lojas e agências bancárias.


AVENIDA JOÃO PINHEIRO:

Uma das mais tradicionais avenidas do centro de Belo Horizonte leva o nome de Avenida João Pinheiro, uma homenagem a João Pinheiro da Silva. Originalmente chamado de avenida Liberdade, o local também recebeu a sugestão de mudança de nome para avenida Marechal Floriano, o que foi impedido pelo então presidente do Estado, Bias Fortes, durante a inauguração da cidade, no século XIX.

A avenida João Pinheiro começa na Praça da Liberdade, no bairro Funcionários, e vai até a Avenida Augusto de Lima, na região Centro-Sul da capital. Ela abriga uma variedade de atrativos como Arquivo Público Mineiro, Grupo Escolar Afonso Pena, Departamento de Trânsito de Minas Gerais (Detran-MG), Faculdade de Direito da Universidade Federal de Minas Gerais, Colégio Promove, Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Associação Médica de Minas Gerais, além de hotéis, lanchonetes, restaurantes e estabelecimentos comerciais diversos.

O atual nome da avenida refere-se ao mineiro da cidade do Serro, João Pinheiro da Silva, homem que fez história na vida política mineira. Ele era zelador e preparador do laboratório de física e química da Escola Normal de São Paulo. Professor e advogado, fundou a primeira faculdade da capital – a Escola Livre de Odontologia de Belo Horizonte – localizada na rua Guaicurus, 266, Centro.

Logo que entrou na política, João Pinheiro foi escolhido para secretário de governo e primeiro vice-presidente de Minas Gerais, em 1889. Mas, em agosto do mesmo ano, pediu demissão. Depois disso, foi presidente interino do Estado e, em seguida, presidente efetivo. Ele também ocupou o cargo de deputado federal, vereador e presidente da Câmara de Vereadores da cidade de Caeté.

Em fevereiro de 1905, após indicação da comissão executiva do Partido Republicano Mineiro, foi eleito senador da República. Um mês antes, havia lançado o Manifesto ao Eleitorado Mineiro, no qual expôs suas idéias políticas, discorreu sobre a economia brasileira e fez uma análise dos primeiros 15 anos do regime republicano. Um ano depois, novamente assumiu o cargo de presidente de Minas Gerais. Nos meses que esteve presidente do Estado, João Pinheiro preocupou-se em desenvolver a agricultura e a mineração.

LINHA VERDE:

O Projeto Linha Verde, lançado em 24 de maio de 2005 pelo governo do estado de Minas Gerais, é o maior conjunto de obras viárias em Belo Horizonte e região metropolitana nas últimas décadas. O empreendimento inclui intervenções nas avenidas Andradas e Cristiano Machado e na Rodovia MG-010. Uma via de trânsito rápido, com 35,4 km de extensão, irá ligar o centro de BH ao Aeroporto Internacional Tancredo Neves, na cidade Confins. A Linha Verde visa beneficiar mais de 3,5 milhões de pessoas, em quase 100 bairros da capital e mais de dez municípios.

As obras foram iniciadas no final de 2005.

A Linha Verde foi lançada para requalificar a área próxima à estação rodoviária e ao Parque Municipal, além de desafogar o trânsito, garantindo segurança, para motoristas e pedestres que trafegam na avenida Cristiano Machado, principal acesso à região norte da Região Metropolitana de Belo Horizonte e às regionais Nordeste, Venda Nova e Norte. O incremento do Aeroporto Internacional Tancredo Neves deu à via importância estratégica na economia, transformando-a em prioridade para o Governo de Minas e para a Prefeitura de Belo Horizonte. A Linha Verde vai melhorar a articulação viária e de transporte da capital com Ribeirão das Neves, São José da Lapa, Santa Luzia, Pedro Leopoldo, Vespasiano, Lagoa Santa e outros municípios.

As obras serão realizadas em três partes: a cobertura de uma extensão de 1,4 km do Ribeirão Arrudas, entre a alameda Ezequiel Dias e a rua Rio de Janeiro; a intervenção na avenida Cristiano Machado, entre o túnel Tancredo Neves e o término da rodovia MG-010, numa extensão de 12 km; a duplicação e restauração de uma extensão de 22 km da rodovia MG-010, entre o viaduto sobre a avenida Pedro I (Belo Horizonte) e o acesso ao Aeroporto Internacional Tancredo Neves.

AVENIDA MÁRIO WERNECK:

Mário Werneck é a principal avenida do bairro Buritis,região Oeste de Belo Horizonte.

Atualmente, ela está passando por um processo de duplicação.

AVENIDA N. SRA. DO CARMO:
 

A avenida Nossa Senhora do Carmo é uma importante avenida de Belo Horizonte, de intenso trânsito local, e que também constitui via de saída da cidade para trechos que se identificam a Zona da Mata mineira, cidades da Estrada Real, o Rio de Janeiro, entre outros.

O início da avenida é na verdade o km 0 da BR 356. O km Zero está no entroncamento com a avenida do Contorno, na região da Savassi, em Belo Horizonte.

Os primeiros quatro quilômetros recebem o nome de avenida Nossa Senhora do Carmo, até o entroncamento com a rodovia estadual MG-030 (acesso à sede de Nova Lima, próximo ao BH Shopping), continuando até o km 8 ainda com características de uma via expressa urbana, considerada até mesmo pelo DNIT como "trecho urbano" (via com características de avenida). No trecho inicial, na esquina com a avenida do Contorno, é conectada à rua Rio Grande do Norte por meio de uma trincheira.

 

Nos tempos do Arraial Curral Del Rey, anterior a criação da Nova Capital (Belo Horizonte), o que hoje conhecemos como Avenida Nossa Senhora do Carmo, era denominada "Estrada do Mutuca". Essa estrada tinha mais ou menos o mesmo trajeto que hoje tem a Avenida Nossa Senhora do Carmo. A estrada contornava o "Morro Redondo" (curva do Ponteio) e seguia rumo ao viaduto do Mutuca e Rio de Janeiro. A única referência histórica da dita Estrada do Mutuca, registrada em levantamentos topográficos do final do século 19, está na planta da Fazenda do Capão, que pertencia a Ilídio Ferreira da Luz e que encontra-se arquivada no Arquivo Público Mineiro e Arquivo Público da Cidade - PBH. Seguindo-se o sentido rumo ao Rio de Janeiro, verifica-se claramente nessa planta que a Estrada do Mutuca, atual Nossa Senhora do Carmo, cortava por um lado a Fazenda do Capão (bairros São Bento e Santa Lúcia nos dias de hoje) e por outro lado a Lagoa Seca, dentro da Fazenda do Capão Pequeno (bairro Belvedere nos dias de hoje). Ambas as Fazendas pertenciam a Ilídio Ferreira da Luz. A Fazenda do Capão foi desapropriada pelo Estado de Minas Gerais em 1894 para a criação da Nova Capital e a Fazenda do Capão Pequeno deu origem à terceira porção do bairro Belvedere.

 

Em 2008 e 2009, a Av. Nossa Senhora do Carmo passou por um processo de replanejamento, de modo a abrigar em suas pistas centrais faixas exclusivas para o transporte coletivo por ônibus. O projeto, executado pela prefeitura, é denominado Portal Sul e teve por objetivo resolver um dos principais gargalos do trânsito de Belo Horizonte.

 

Muito embora a população belorizontina, e mesmo a imprensa, tenham sempre se referido à avenida por este nome, o fato é que ela fora registrada em 1955 somente como "Senhora do Carmo". Quando das obras ocorridas em 2009, por questões meramente burocráticas, foram instaladas placas registrando o nome original, sem o termo "Nossa". A imprensa, inclusive, passou a se referir ao "novo" nome. A mudança causou irritação na população, especialmente nos moradores próximos à avenida e nos mais antigos.

Em maio de 2010, o nome "Nossa Senhora do Carmo", consagrado pela população, foi definitivamente adotado por força de Lei municipal

 

A Avenida Nossa Senhora do Carmo de Belo Horizonte nasce na Avenida do Contorno, na Savassi, e acaba onde a BR 040 retoma o seu trajeto em direção ao Rio de Janeiro. Alguns até chegam a dizer que a Nossa Senhora do Carmo é uma continuação dessa BR.

Essa avenida passa ao lado dos locais:
Pátio Savassi;
Marista Hall;
Sede da Rede Minas;
Shopping Ponteio;
BH Shopping.

AVENIDA OTACÍLIO NEGRÃO DE LIMA:

Otacílio Negrão de Lima, foi ministro do governo Eurico Gaspar Dutra.

Otacílio Negrão de Lima, avenida que contorna a Lagoa da Pampulha, na região da Pampulha em Belo Horizonte,é uma homenagem ao ministro, e nela é disputada anualmente a Volta Internacional da Pampulha.

 

AVENIDA PASTEUR:

Exatos 115 anos depois de planejada, a Avenida Pasteur é quase a mesma daquela imaginada pela comissão que criou a cidade de Belo Horizonte em 1895. As ruas são calçadas com pedras irregulares. O canteiro central é largo, arborizado, gramado e usado como ponto de descanso para pedestres depois do almoço. Nas pistas de rolamento, dos dois lados da avenida, cabe apenas um automóvel em cada mão, e mesmo assim a Pasteur nunca ficou engarrafada. Não fosse pelos prédios em seu entorno, que ocuparam o lugar das antigas casas de família, poderia-se dizer que, para ela, o tempo não passou.

Apesar de possuir pouco mais de 100 metros de extensão (um quarteirão), a avenida causa um misto de surpresa e admiração, já que parece ser bem pequena, diferente das outras avenidas da cidade.

A principal responsável pela conservação das características da Avenida Pasteur foi a construção do Colégio Pedro II, localizado de frente para a Avenida Alfredo Balena, entre as ruas Padre Rolim e Rio Grande do Norte. O Colégio foi erguido na década de 1930, tomou um pedaço da avenida, planejada inicialmente para servir como retorno entre a Alfredo Balena – que à época chamava-se Avenida Mantiqueira – e a Avenida Brasil.

 

AVENIDA PEDRO II:

Avenida Pedro II é uma importante via que conecta a Avenida do Contorno ao Anel Rodoviário, em Belo Horizonte, ligando o centro da cidade à região nordeste. Caracteriza-se pelo comercio intenso, principalmente no ramo automotivo, com diversas lojas de peças, serviços e revenda de automóveis.

AVENIDA SANTOS DUMONT:

No início do século XX, Belo Horizonte era uma cidade pacata e silenciosa. Os primeiros conjuntos urbanos se definiam entre as largas avenidas, ainda sem calçamento, insinuando uma metrópole futura. Entre as principais vias da época estava a antiga rua do Comércio, atual avenida Santos Dumont, ligando a Praça da Estação à praça Rio Branco.

O presidente do Estado de Minas Gerais, Francisco Sales, e o prefeito de Belo Horizonte, Francisco Bressane Azevedo, concentravam seus esforços para o crescimento da cidade. Mas, até então, predominava o sossego na capital. O jovem escritor Monteiro Lobato, ao visitar o município, em 1903, descreveu a calmaria. "Positivamente funcionários que subiam e desciam lentamente, a fingir de transeuntes. Transeuntes públicos. Daí o sono que dava aquilo. Uma semana passada lá deixava a impressão de meses."

O clima tranqüilo foi quebrado com a chegada do inventor do avião 14 Bis, Alberto Santos Dumont, também em 1903, que desfilou pelas avenidas da cidade no "Landau" presidencial - uma carroça puxada por quatro cavalos de raça. A capital, agradecida pela honraria, em homenagem ao mineiro ilustre deu à rua do Comércio o nome de avenida Santos Dumont.

Em 1947, Joversino Emílio de Pádua, João Gabriel de Mattos e José Simplício Dias, os dois últimos já falecidos, decidiram investir no Armazém Dias que, dez anos depois, deu lugar à Loja Elétrica, na avenida Santos Dumont. "Naquela época, o ramo de atuação era de secos e molhados e já havia uma seção de tomadas e lâmpadas. Como a cidade estava crescendo e aumentou a demanda por materiais elétricos, o armazém foi transformado na loja", conta Mariângela Marinho Delazari, contadora da empresa há 35 anos.
Anos depois, diante dos desafios e necessidades de apoio às atividades comerciais, foi instalado na avenida Santos Dumont, em 1960, o Clube dos Diretores Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH), com sede no Edifício Araxá, posteriormente transferida para a avenida João Pinheiro. Hoje, a via guarda alguns prédios antigos que, silenciosamente, teimam em contar a história do progresso da cidade entre o trânsito intenso de pessoas e veículos. Vale salientar que prevalece no local a sua principal marca: as atividades comerciais que impulsionaram e ainda contribuem de maneira importante para a economia da cidade.

AVENIDA SILVA LOBO:

O nome da avenida, localizada na região Oeste da capital, é uma homenagem ao médido Dr. Francisco Cândido da Silva Lobo, que nasceu em Salvador, Bahia, em 1872. Formado aos 23 anos de idade, ele transferiu-se em 1897 para Caconde, São Paulo, onde passou a medicar.

Grande figura polítca em Caconde, Silva Lobo presidiu a Câmara Municipal e exerceu o cargo de prefeito.

Foi notável também por sua grande caridade e sutileza nas relações sociais.

AVENIDA TANCREDO NEVES:

A Avenida Tancredo Neves é uma avenida da região noroeste de Belo Horizonte. É a principal via do bairro Castelo, onde se localiza o seu principal ponto comercial.