Desenvolvimento.

16/06/2010 11:56

Artes

Frequentemente, a cidade realiza concertos musicais e teatrais no Parque Municipal, na Praça da Liberdade e no Parque das Mangabeiras além de vários festivais internacionais de teatro e de dança durante o ano, o que atrai artistas de todo mundo para seus eventos. Essa efervescência tem transformado a cidade num pólo cultural do país.

A cidade conta com 36 teatros (destacando-se o Palácio das Artes), 54 salas de cinema e mais de 30 galerias de arte, além de 18 museus que recontam a história da cidade, do estado e do país.

Artes cênicas

No teatro, os grandes expoentes são o Grupo Galpão e o Giramundo Teatro de Bonecos, que é um importante grupo especializado em teatro de bonecos. Eles mantêm um museu de bonecos que criaram desde a sua fundação em 1970, tendo lançado seu primeiro álbum completo em 1981 e 11 trabalhos desde então. Outros grupos como o Espanca !, a Companhia Luna Lunera e o Teatro Invertido merecem destaque.

Há muitos grupos artísticos brasileiros notáveis que tem sua origem em Belo Horizonte como o Grupo Primeiro Ato e o Grupo Corpo, que é talvez o mais famoso grupo de dança contemporânea do país, criado na cidade em 1975, excursionando e sendo aclamado por platéias em todo o país e no mundo.

Grandes atores da televisão e do teatro são oriundos de Belo Horizonte, como Débora Falabella, Iran Malfitano, Jonas Bloch, Daniel de Oliveira, Priscila Fantin, Joana Fomm, Bete Coelho e Letícia Sabatella. Quatro nomes conhecidos do teatro de humor brasileiro também se iniciaram nos palcos belo-horizontinos: Saulo Laranjeira, Geraldo Magela, Tizumba e Gorete Milagres.

Já se tornou uma tradição na cidade a realização de encontros, mostras e festivais artísticos. Anualmente, são realizados o Festival Internacional de Teatro, Palco e Rua (FIT-BH), o Festival Internacional de Teatro de Bonecos, o Festival Internacional de Dança (FID), o Festival Internacional de Corais (FIC), o Festival de Arte Negra (FAN), o Festival Internacional de Curtas e a Mostra de Cinema Mundial - Indie Brasil. Bienalmente, são realizados o Encontro Mundial de Artes Cênicas (ECUM), o Encontro Internacional de Literaturas em Língua Portuguesa, o Festival Mundial de Circo do Brasil (FMCB) e o Festival Internacional de Quadrinhos (FIQ).

Além desses, a Campanha de Popularização do Teatro e da Dança que acontece nos meses de janeiro e março, quando dezenas de peças teatrais são oferecidas a preços populares à população, leva um grande número de pessoas aos teatros da capital mineira. Em 2009, a campanha levou 313.866 pessoas aos teatros de Belo Horizonte.

Artes visuais

A Escola Guignard, dirigida pelo artista Alberto da Veiga Guignard, formou artistas importantes no circuito mineiro, nacional e internacional das artes plásticas. Destacam-se Amilcar de Castro, Farnese de Andrade, Leda Gontijo, Franz Weissmann, Mary Vieira, Maria Helena Andrés, Mário Silésio, Yara Tupynambá e Inimá de Paula.

A cidade possui grande quantidade de museus e galerias de arte, que exibem uma parte da história da arte moderna brasileira. Destacam-se o Museu de Arte da Pampulha, o Museu Histórico Abílio Barreto e o Museu de Artes e Ofícios. A cidade também abriga o Jardim Zoológico de Belo Horizonte, fundado em janeiro de 1959 e que possui cerca de 250 espécies e 1.200 indivíduos entre répteis, aves e mamíferos, além de um borboletário onde são criadas mais de 40 espécies.

Literatura

Desde as suas primeiras décadas, a cidade já demonstrava sua vocação cultural. Jovens idealistas e poetas, na década de 1920, incorporavam-se à Rua da Bahia, a principal via da cidade na época. Foi na década de 1920 que surgiu em Belo Horizonte a geração de escritores de raro brilho que iria se destacar no cenário nacional, dentre eles Carlos Drummond de Andrade, Ciro dos Anjos, Pedro Nava, Alberto Campos, Emílio Moura, João Alphonsus, Milton Campos, Belmiro Braga e Abgar Renault, que se encontravam no Bar do Ponto, na Confeitaria Estrela ou no Trianon para produzir os textos que revolucionaram a literatura brasileira. Em 1925, Carlos Drummond de Andrade e seus companheiros lançaram A Revista que, apesar da vida breve, foi importante veículo de afirmação do modernismo em Minas.

Sucederam-se muitos outros intelectuais e poetas como Fernando Sabino, Hélio Pellegrino, Otto Lara Resende, Ziraldo, Paulo Mendes Campos, Henfil, Henriqueta Lisboa, Afonso Arinos de Melo Franco, Stella Libânio, Paulo Mendes Campos, Frei Betto, Murilo Rubião, Affonso Romano de Sant'Anna e Roberto Drummond.

Música

Muitos artistas reconhecidos no país e no exterior, surgiram em Belo Horizonte. O Clube da Esquina é um movimento musical originado em meados da década de 1960 e desde então seus membros influenciam a cultura da cidade e do estado, tendo artistas importantes como Tavinho Moura, Wagner Tiso, Milton Nascimento, Lô Borges, Beto Guedes, Flávio Venturini, Toninho Horta, Márcio Borges, Fernando Brant e o 14 Bis. Outros artistas importantes surgidos no cenário da cidade são Paulinho Pedra Azul, Vander Lee, Skank, Pato Fu (selecionada pela revista Time como uma das 10 melhores bandas do mundo), Sepultura, Jota Quest, Tianastácia, a dupla César Menotti e Fabiano e os corais Ars Nova e Madrigal Renascentista.

Um outro grupo artístico inovador é o Uakti. Eles criam seus próprios instrumentos musicais usando materiais como PVC, madeira, metais e vidro. A origem dem seu nome é baseado num mito dos índios Tukano, e reflete o sentimento índigena presente em seus trabalhos.

A cidade ainda sedia anualmente grandes festivais populares que levam milhares de pessoas ao Mineirão como o Axé Brasil, de música baiana, e o Pop Rock Brasil, de música pop. Belo Horizonte também tem se consagrado como um dos grandes polos da música eletrônica mundial, realizando diversos festivais do gênero com bandas e DJs de renome internacional atraindo turistas de todas as partes do país. Destaque para o Festival Creamfields Brasil sediado na cidade e realizado em 12 países além do Brasil.