Foto: Jardim dos Comerciários.

I - INTRODUÇÃO:

Os bairros Minas Caixa, Letícia e São João Batista (ex-bairro Santo Antônio, de Santa Luzia), encontram-se hoje na parte mais antiga da região de Venda Nova.

Outros bairros da regional surgiram depois de 1948, quando Venda Nova foi anexada à capital. Com o passar dos anos, a terra batida deu lugar ao asfalto e os tropeiros e suas mulas foram substituídos por carretas e caminhões. Com a industrialização e a construção do aeroporto da Pampulha, em 1933, Venda Nova acompanhava o ritmo das transformações. A abertura da Avenida Antônio Carlos, a construção do Conjunto Habitacional IAPI e o início das obras do Complexo da Pampulha ajudaram no desenvolvimento da região. Vários loteamentos foram abertos, inclusive o conhecido Vila Parque Copacabana, que

deu origem aos atuais bairros Leblon, Copacabana e a parte do Céu Azul.

Novos bairros e conjuntos habitacionais foram surgindo em Venda Nova durante toda a década de 1970 para abrigar populações de baixa renda, como Santa Mônica, São Paulo, Lagoinha, Mantiqueira e Rio Branco. A oferta de lotes populares tornou-se ainda mais intensa no início dos anos 1980, quando surgiram os atuais bairros Esplendor, Europa, Lagoa, Serra Verde, Jardim dos Comerciários, Maria Helena e Nova América.

Muitas vilas surgiram de loteamentos irregulares, como a Vila Monte Carmelo, a Vila Universo e a Vila Maria José. Mais tarde, elas foram integradas aos bairros Copacabana, Leblon e Céu Azul. Esses bairros foram criados a partir de uma subdivisão de terreno feita pela Prefeitura em 1953, que deu origem à Vila Parque Copacabana, com 206.411m2, 17 quarteirões, dez ruas e duas avenidas. Para a aprovação desse loteamento, foram executados serviços de terraplanagem e pavimentação dos terrenos. O objetivo era transformar essa área em um centro residencial, já que as condições do terreno eram favoráveis à ocupação. Mas a falta de investimentos públicos em transporte, iluminação e outros serviços básicos comprometeu a qualidade de vida dos moradores. Só recentemente estes bairros apresentaram crescimento populacional e um número expressivo de vilas. A maior e mais conhecida delas é a Vila Apolônia, no bairro Leblon. Essa vila teve origem em 1974, quando as famílias vindas do interior de Minas Gerais e da Bahia chegaram a Belo Horizonte em busca de melhores oportunidades de vida e trabalho. A falta de infra-estrutura era tão grande que muita gente acabou desistindo de viver no local. Não havia água e nem luz e seus habitantes usavam a infra-estrutura dos bairros vizinhos.

As redes de esgoto, a instalação de telefones públicos e a ampliação das escolas também foram conquistas da comunidade. No Céu Azul, a população também teve de se organizar para obter os serviços básicos de saneamento, água e luz. Esse bairro, que surgiu de uma antiga fazenda chamada Olhos D’água, está entre os mais populosos de Belo Horizonte e a implantação da rede de esgoto só atingiu a maioria da sua população na década de 1990. A situação era tão crítica que muitas casas não tinham mais espaço para construir fossas e, com isso, acabavam jogando o esgoto na rua. O mau cheiro era terrível e o risco para a saúde da população era muito grande. A alternativa encontrada por alguns moradores foi a construção de redes clandestinas até a Lagoa da Pampulha, poluindo ainda mais suas águas.

No ano 2000, cerca de 5.000 famílias tiveram rede de esgoto implantada em suas casas devido à grande mobilização de seus moradores, representados por sete associações de bairros. A população da Vila Apolônia e do Céu Azul comprovaria a importância da organização e da união da comunidade
para conquistar melhorias junto ao poder público.

Com o passar dos anos, o núcleo central de Venda Nova adquiriu uma importância muito grande para os novos bairros que surgiram na década de 1970, como o Santa Mônica, São Paulo-Venda Nova, Lagoinha- Venda Nova, Mantiqueira e Rio Branco, e na década de 1980, como o Esplendor, Europa, Lagoa, Serra Verde, Jardim dos Comerciários, Maria Helena e Nova América. Distantes do centro da cidade e marcados pela carência de serviços urbanos, esses bairros passaram a utilizar o comércio, os serviços e as áreas de convivência que já existiam na área de ocupação mais antiga, o que fez crescer a importância do núcleo de Venda Nova como centro regional. Essa região sempre esteve muito longe de outros centros, era considerada a periferia da cidade, e acabou se tornando uma referência fundamental para os bairros nascidos ao seu redor.

Com o crescimento dessa periferia, um verdadeiro centro se desenvolveu a partir de áreas doadas entre as décadas de 1970 e 1980. Daquele lugar calmo e tranquilo, pouca coisa restou. Novas casas, lojas e todo tipo de construção tomaram o lugar das antigas moradias e dos estabelecimentos mais antigos. As ruas e avenidas tornaram-se cada vez mais movimentadas. Os problemas enfrentados pela população e pela Prefeitura também aumentaram: o grande número de loteamentos clandestinos estava provocando o crescimento desordenado do lugar e as cheias na bacia do Córrego do Vilarinho deixavam muita gente desabrigada. Além disso, era comum os municípios vizinhos recolherem seus impostos nas novas áreas ocupadas em Venda Nova, diminuindo a arrecadação da Prefeitura de Belo Horizonte. Nessa troca, foram construídos diversos conjuntos habitacionais para a população de menor poder aquisitivo, mas a maioria deles não dispunha dos serviços de infra-estrutura necessários. A multiplicação desses conjuntos aumentou a população dos novos bairros, como o Rio Branco, Serra Verde e São Paulo. Mesmo as áreas de ocupação mais antiga, praticamente consolidadas, como a do bairro Minas Caixa, teve um aumento populacional devido a construção de conjuntos habitacionais.

No bairro Rio Branco, também chamado de Visconde do Rio Branco, haviam muitas residências alugadas pela Beneficência da Prefeitura Municipal para os servidores municipais. Em 1972, estas casas foram vendidas.

A partir da doação de um terreno da Prefeitura de Belo Horizonte para a Companhia de Habitação do Estado de Minas Gerais (COHAB-MG), responsável pela elaboração e execução estadual de projetos de moradia popular, foi construído no Bairro Rio Branco, em 1977, um conjunto habitacional, com 221 unidades habitacionais, destinada às famílias que viviam com menos de um salário mínimo, fazendo com que tanto o bairro Rio Branco quanto o Santa Mônica tivessem um grande crescimento populacional a partir da década de 1980, quando receberam cerca de 18 mil novos habitantes. Nessa época, havia uma tendência para construção de casas com mais de dois pavimentos. O fato de seus terrenos contarem com uma situação regular junto à Prefeitura garantiu grandes investimentos do setor da construção civil. Os bairros que surgiram nesse período possuíam acesso preferencial pela Avenida Portugal e concentravam uma população com maior poder aquisitivo em relação aos outros bairros de Venda Nova. Entretanto, eles acabaram se relacionando mais com os bairros da região da Pampulha do que com os de Venda Nova.

No bairro Serra Verde, foi criado um conjunto habitacional de mesmo nome, a partir de convênio da Prefeitura de Belo Horizonte e COHAB. As obras foram executadas em 1982. A criação de um distrito industrial na região também contribuiu para aumentar o numero de pessoas que procuravam Venda Nova para morar. O Distrito Industrial Serra Verde foi criado em 1989 na área de uma antiga fazenda, mas só foi oficializado em 1993.

O bairros Mantiqueira, Jardim dos Comerciários, Maria Helena, São Paulo, e Lagoinha são bairros de ocupação mais recente. Os terrenos dessa área eram muito acidentados, não sendo favoráveis a construção de moradias. Além disso, faltava melhorar a infra-estrutura para saneamento básico. Até a década de 1980, muitos desses bairros não tinham abastecimento de água total e suas ruas estavam sem pavimentação ou com parte sem pavimento. A maioria dos loteamentos eram irregulares e precários.

II - BAIRROS:

CÉU AZUL:

1.ORIGEM:

Antes de se constituir como bairro, a área do Céu Azul fazia parte de uma fazenda chamada Olhos d’Água. Assim como outros bairros da Região de Venda Nova, ele também surgiu a partir de arraiais e vilas formados em torno de pontos de parada utilizados por tropeiros do século 19. Montados em seus cavalos, junto das mulas que carregavam diversas mercadorias, os tropeiros eram os responsáveis pelo abastecimento da região das minas de ouro e diamante. Com o passar dos anos, a terra batida deu lugar ao asfalto e o trânsito de carretas e caminhões substituiu o vaivém dos tropeiros com suas mulas. A partir da década de 1930, com a industrialização, a abertura da Avenida Antônio Carlos e a construção do aeroporto da Pampulha, a região começou a se transformar. Vários loteamentos foram abertos, entre eles o que originou a Vila Parque Copacabana, em 1953, que viria a abrigar o Céu Azul, entre outros bairros.

Para a aprovação do loteamento foram executados serviços de terraplanagem e pavimentação. O objetivo era transformar a área em um centro residencial, já que as condições do terreno eram favoráveis à ocupação. Além disso, naquela época, como a área central de Belo Horizonte já tinha esgotado seu potencial de ocupação, a região foi alvo do interesse de migrantes do interior atraídos pelo baixo preço dos terrenos.

Entretanto, a falta de investimentos públicos em infraestrutura comprometeu a qualidade de vida dos moradores. Assim como em bairros vizinhos, no Céu Azul, que foi aprovado em 1976, a população teve de se organizar para obter os serviços básicos de saneamento, água e luz. Apesar de estar entre os mais populosos de Belo Horizonte, a implantação da rede de esgoto só atingiu a maioria da sua população na década de 1990.

2.DESENVOLVIMENTO/INFRA-ESTRUTURA:

Hoje, a situação no Céu Azul é diferente.

Com o desenvolvimento, os moradores ganharam mais qualidade de vida. O bairro tem toda a infraestrutura necessária. Há boas escolas, posto de saúde, agência bancária, farmácia e está todo urbanizado.
 

Com a construção do Centro Administrativo, muita gente está se mudando para a região. Isso também fez com que o problema de segurança fosse amenizado, já que há poucos lotes vagos disponíveis. Depois da construção da Avenida Antônio Carlos, o acesso ao bairro também ficou facilitado. Com isso, tirando os períodos de obras na via, é possível fazer o trajeto do Centro até o Céu Azul em pouco tempo. De ônibus, o acesso ao bairro é feito pela linha 2215. 

De acordo com a Pesquisa do Mercado Imobiliário de Belo Horizonte realizada em abril de 2011 pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas Administrativas e Contábeis da UFMG (IPEAD), o valor de aluguel praticado no bairro para apartamento de dois quartos, considerando sua classificação como “popular”, é de R$ 543,45. Para comercialização, os preços dos imóveis – tanto casas como apartamentos variam entre R$ 142.013 e R$ 216.785. Segundo o levantamento, o Céu Azul é classificado como “popular”, pois a renda média dos chefes de família no bairro é inferior a cinco salários mínimos. 

JARDIM DOS COMERCIÁRIOS:

1.ORIGEM:

A história do Bairro Jardim dos Comerciários, na Região de Venda Nova, começa em 1985, quando ele foi aprovado pela Prefeitura de Belo Horizonte. Apesar de recente, para entender o processo de ocupação do bairro, é necessário voltar no tempo, mais precisamente ao século 19, quando tropeiros, montados em seus cavalos, junto das mulas que carregavam diversas mercadorias, eram os responsáveis pelo abastecimento da região das minas de ouro e de diamante.

Dos pontos de parada dos tropeiros, surgiram arraiais, vilas e até cidades que tiveram grande importância na rota comercial de Minas. Foi a partir de um desses pontos de descanso que surgiu o núcleo central de povoamento da Região de Venda Nova. Durante quase 300 anos, o Distrito de Venda Nova esteve ligado administrativamente a Sabará, ao Curral del-Rei, a Santa Luzia e a Campanha (atual Justinópolis). Em 1949, foi anexado definitivamente a Belo Horizonte.

Com a expansão das periferias da capital no sentido norte, no fim da década de 1960, e a transformação do núcleo central de Venda Nova em um centro regional, novos bairros e conjuntos habitacionais foram surgindo. A oferta de lotes tornou-se ainda mais intensa no início dos anos 1980, quando surgiu, entre outros, o Bairro Jardim dos Comerciários.

Naquela época, a maioria dos loteamentos eram irregulares e precários. Não havia abastecimento total de água e somente parte das ruas eram pavimentadas. Havia poucas casas na região e o comércio era muito precário. Eram uns botecos e um armazém. Para fazer a feira, era preciso ir ao centro comercial de Venda NovA. O transporte também era difícil, eram pouquíssimos horários de ônibus. Só três por dia.

2. DESENVOLVIMENTO/INFRA-ESTRUTURA:

Hoje todas as ruas são asfaltadas, canalizaram o Córrego do Manoel Pereira e as opções de lojas melhoraram.

O horário do ônibus – 2224 (Jardim dos Comerciários) – também foi ampliado e foram implantadas três linhas: 633 (Estação Venda Nova/Jardim dos Comerciários), 634 (Estação Vilarinho/Nova York via Jardim dos Comerciários) e 635 (Estação Venda Nova/Jardim dos Comerciários C), que trafegam pela principal via de acesso ao bairro, a Avenida Vilarinho. O Jardim dos Comerciários conta, ainda, com o Centro de Saúde Nova York, a Praça Zacarias Zica e a Escola Municipal Gracy Vianna Lage, de ensino fundamental.  

Formado somente por casas, o Jardim dos Comerciários teve uma ocupação muito rápida. O bairro cresceu muito, tem imóveis bons e de vez em quando aparece algum para venda.

O bairro é apontado como de padrão popular pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas Administrativas e Contábeis da Universidade Federal de Minas Gerais (Fundação Ipead/UFMG). A classificação é obtida considerando a renda média mensal na região, que é inferior a cinco salários mínimos. De acordo com o mesmo levantamento, os valores médios praticados para aluguel de casas de dois quartos no Jardim dos Comerciários é de R$ 452.

LETÍCIA:

1. ORIGEM:

A história do Bairro Letícia, na Região de Venda Nova, começa como a de tantos outros do local. Para entendê-la, é preciso acompanhar o caminho de antigos tropeiros do século 18 que eram os responsáveis pelo abastecimento da região das minas de ouro e diamante. Dos seus pontos de parada, surgiram arraiais, vilas e cidades que tiveram grande importância na rota comercial de Minas Gerais. Um desses pontos de descanso deu origem ao núcleo central de povoamento da Região de Venda Nova. De lá para cá, passaram-se três séculos, o que significa que o local é mais antigo que o próprio surgimento da capital. Ela é da época do Curral Del Rei, o arraial que deu lugar a Belo Horizonte. Nesse período, ambos pertenciam à Vila de Sabará. Os anos foram passando e aterra batida deu lugar ao asfalto. O trânsito de tropeiros com suas mulas também foi substituído pelo de carretas e caminhões, mais ágeis no transporte das mercadorias. Mais tarde,com a industrialização e a construção do aeroporto da Pampulha, em 1933, a região tentou acompanhar o ritmo das transformações que ocorriam no restante da capital.

2. DESENVOLVIMENTO/ INFRA-ESTRUTURA:

A partir daí, o bairro começou a se desenvolver de fato. A abertura da Avenida Antônio Carlos, a construção do Conjunto Habitacional Instituto de Aposentadorias e Pensões dos Industriários

(IAPI), no Bairro São Cristóvão, e o início das obras do Complexo da Pampulha também ajudaram nesse desenvolvimento. O Letícia ocupa a área mais antiga de Venda Nova. Mas a aprovação do bairro, que tem 527.130 metros quadrados, só veio em 1974.  O Letícia também tinha baixo índice habitacional nos anos 1970. Havia poucas casas e um vizinho ficava longe do outro.

Hoje o bairro tem de tudo. Banco, muito comércio, linhas de ônibus. E, com o crescimento, está difícil encontrar um lote para comprar, mas mesmo com o desenvolvimento, o bairro preserva a tranqüilidade. Com acesso pelas avenidas Antônio Carlos, Pedro I e Padre Pedro Pinto e tendo como via principal a Avenida Pedro Ruela, o Letícia é um dos bairros atendidos pela Estação BHBus Venda Nova, que tem 22 linhas de ônibus integradas.

Formado basicamente por casas, o Bairro Letícia teve uma ocupação muito rápida e hoje é difícil encontrar lotes para construção de imóveis. Mas é possível encontrar construções para vender ou alugar.O bairro é apontado como de padrão popular pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis da Universidade Federal de Minas Gerais (Fundação Ipead/UFMG). Essa classificação é obtida considerando-se a renda média mensal na região, que é inferior a cinco salários mínimos. De acordo com o mesmo levantamento, o valor médio praticado para aluguel de casas de dois quartos no Letícia é R$ 550.

SÃO JOÃO BATISTA:

1.ORIGEM:

A história do Bairro São João Batita, na Região de Venda Nova, começa no século XIX, quando ele ainda fazia parte de Santa Luzia e tinha o nome de Bairro Santo Antônio.

Em 1948, quando houve a anexação definitiva de Venda Nova a Belo Horizonte, o local teve o nome alterado.

Localizado na parte mais antiga de Venda Nova, o São João Batista, como de resto toda a região, era lugar de descanso dos tropeiros responsáveis pelo abastecimento da região

de Minas de ouro e diamante.

Em 1972, praticamente não havia nada no bairro, e acesso aos pontos comerciais e escolas se fazia através de becos. O acesso aos bens básicos de consumo era precário. Havia

apenas uma "Venda", melhorando um pouco nas imediações da rua Padre Pedro Pinto, mas bem simples.

2. DESENVOLVIMENTO/INFRA-ESTRUTURA:

Essa situação hoje é bem diferente, e é facilmente encontrado supermercados, sacolões, drogarias, açougues e postos de saúde. Outra mudança foi no serviço de transporte, quase

Inexistente no início. Era preciso caminhar até ao bairro Rio Branco para ter acesso ao transporte coletivo. Hoje servem ao bairro as linhas 2256 e 2210 A, B e C.

Mas a grande vantagem de se morar no bairro é a qualidade de vida, possibilitada pela tranquilidade da região, bem residencial, bem arborizada e com bons vizinhos. Formado basicamente por casas, o bairro é apontado como de padrão popular pelo IPEAD/UFMG, com renda média mensal inferior a 5 salários mínimos.

SERRA VERDE:

1. ORIGEM:

Localizado na Região de Venda Nova, o Bairro Serra Verde tem tido cada vez mais destaque depois da construção da Cidade Administrativa Presidente Tancredo Neves, na MG-010. A região, que surgiu na década de 1980 com intensa oferta de lotes populares, agora está sob a perspectiva de vivenciar mais desenvolvimento e progresso, com ampla valorização dos imóveis já construídos e dos terrenos ainda disponíveis.

O movimento aumentou muito depois da instalação da administração do governo estadual aqui. Antes, dava para atravessar a Avenida Leontino Francisco Alves sem enfrentar trânsito quase nenhum. Há menos de três décadas, o bairro não dispunha de serviços de infra-estrutura suficientes para atender à população, que crescia acompanhando as obras de conjuntos habitacionais na região, como o Serra Verde, criado a partir de um convênio da Prefeitura de Belo Horizonte com a Companhia de Habilitação do Estado (COHAB).

A criação de um distrito industrial na região, como forma de gerar emprego e renda, também contribuiu para aumentar o número de pessoas que procuravam o Serra Verde e bairros vizinhos para morar. Criado em 1989, na área da fazenda homônima à região, o distrito só foi oficializado em 1993. Naquela época, havia algumas casas. Mas, de lá para cá, aumentou o número de imóveis, inclusive prédios pequenos.

2. DESENVOLVIMENTO/INFRA-ESTRUTURA:

Formado basicamente por casas, o Serra Verde tem registrado grande procura por imóveis, seja para alugar ou para vender. Além disso, lotes estão cada vez mais valorizados na região, devido à implementação da Cidade Administrativa no bairro. Conforme pesquisa realizada em fevereiro de 2010 pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis da Universidade Federal de Minas Gerais (Fundação Ipead/UFMG), os valores médios de aluguel na região estão em torno de R$ 460, tanto para casas, quanto para apartamentos, ambos de dois quartos. No mercado de compra e venda, apartamentos de dois quartos foram avaliados entre R$ 70 mil e R$ 158 mil.

Os valores obtidos obedecem à classificação dos imóveis por renda, adotada pela Fundação Ipead desde 2005. Segundo o estudo, o Serra Verde é considerado como bairro de padrão popular. Essa classificação é obtida a partir da renda média dos chefes de família do bairro, que é de até cinco salários mínimos.

Outra mudança foi a expansão do comércio. Antes havia somente uma padaria e uma mercearia. Agora há supermercados, drogarias, açougues, etc. Além disso, há o Centro de Saúde Serra Verde e escolas, como a municipal José Maria Alkimin e a estadual Getúlio Vargas, e até um shopping center.

O local conta com algumas áreas arborizadas, como a Praça Maiorca e o Parque Estadual Serra Verde. Criado em dezembro de 2007, ele é o segundo maior parque de Belo Horizonte, com área de cerca de 140 hectares. O espaço está localizado em uma região de transição entre o cerrado e a mata atlântica e formará um cinturão verde ao redor da Cidade Administrativa.

Com relação ao acesso ao bairro, ele pode ser feito pelas Avenidas Pedro I, Cristiano Machado e MG-010. Para quem vai de ônibus, as opções são as linhas 2207 (Serra Verde) e 5517 (Minas Caixa via Serra Verde).