Foto: Bairro Palmeiras, 2011.

 

BARROCA

 

1.ORIGEM:

Mesmo sendo um dos bairros mais tradicionais e conhecidos da Região Oeste de Belo Horizonte, sua real localização e tamanho não são tão claros para boa parcela da população. Vizinhos mais famosos como o Gutierrez e Grajaú ficam um pouco mais extensos ao ‘pegarem emprestado’ alguns quarteirões dele. Você já ouviu falar no Barroca? Provavelmente, sim!

Agora tente pensar onde ele fica.

Realmente, é difícil precisar sua exata localização. Ele é pequeno e quase que exclusivamente residencial. Para se ter ideia, apenas 19 quadras formam toda a sua extensão. Ainda assim, tem tanta fama que batiza um shopping no Prado e um tradicional clube no Gutierrez. O bairro fica entre a Avenida Amazonas e as Ruas General Andrade Neves, Canaã e Japão. Além das duas primeiras, abriga importantes vias de circulação da região, como as ruas Catete e Campos Elísios.

Na época da construção da nova capital do estado, a área abrigava pequenas chácaras e fazendas. Com o adensamento populacional de Belo Horizonte, as famílias mais simples saíram de regiões consideradas nobres e começaram a ocupar o bairro. A história do Barroca está diretamente ligada à classe operária que ajudou a construir a cidade, assim como a maioria de seus vizinhos. Em cerca de 40 anos, a região, batizada pelo barro avermelhado encontrado em seus barrancos, foi adquirindo a cara de hoje. A ampliação da Avenida Amazonas, na década de 1930, ajudou a impulsionar seu crescimento.

Pequeno e bem localizado, o Barroca é excelente opção para quem deseja morar próximo ao Centro, sem perder a qualidade de vida. Além de ser margeado por uma das principais avenidas da cidade, vias de ligação com várias outas regiões de Belo Horizonte são facilmente acessadas sem necessidade de enfrentar congestionamentos pesados. Por dentro do Gutierrez, por exemplo, chega-se à Raja Gabáglia e Avenida do Contorno. Pelo Alto Barroca, à Silva Lobo e Barão Homem de Melo.

2.DESENVOLVIMENTO/INFRA-ESTRUTURA:

Toda a infraestrutura que falta ao bairro é facilmente encontrada em seus vizinhos. Quer caminhar? A poucos quarteirões, no Grajaú, está a Avenida Silva Lobo com sua movimentada pista de cooper, que, aos sábados, recebe uma simpática feira de rua. Compras? Supermercados estão a poucos minutos de carro. Alguns comércios locais, como padarias, loterias, açougues, hortifrútis, entre outros, ajudam os moradores a evitar deslocamentos. A maioria dos pontos de compras estão concentrados na Avenida Amazonas e vias com maior movimento, como a Campos Elísios e a General Andrade Neves.

É um bairro muito agradável, tradicional. Além dos prédios mais antigos, os novos empreendimentos estão tomando o lugar das casas. Para se ter uma ideia, os preços vão de R$ 250 mil, para um apartamento mais velho, sem vaga, para R$ 1 milhão para os lançamentos. A localização é muito boa, assim como a segurança.

Uma das principais vantagens do Barroca é a localização, característica compartilhada com vizinhos como o Prado e o Gutierrez. O diferencial fica no preço, mais acessível. Os novos empreendimentos têm um padrão de acabamento melhor que os mais antigos. Eles seguem a característica dos prédios do bairro de não serem muito altos, com cinco andares, no máximo.

Mas costumam ter elevador.

O que o Barroca tem a oferecer: é uma vizinhança com a famosa 'cara de bairro'. Pouco movimento, vizinhos que se cumprimentam nas ruas, ambiente familiar, muitas casas e prédios pequenos. Com vantagens como sua variada oferta de linhas de ônibus, tranquilidade, ruas arborizadas e um clima de interior. Grande parte dos imóveis disponíveis são apartamentos antigos, de edifícios com 20 a 40 anos de idade. São construções simples, mas espaçosas. A maioria conta com uma vaga de garagem.

Novos empreendimentos são poucos, muito por causa de valorização da área e a pouca disponibilidade de lotes desocupados. O grande volume de casas, porém, e a proximidade ao Centro e Região Centro-Sul, abrem a possibilidade de novos investimentos na região. Em relação aos outros bairros da região, é um dos que mais tem casas preservadas. A maioria com lotes de 360 metros quadrados.

Ele também é margeado pelo Alto Barroca e Grajaú. Seu principal ponto de referência é o Primeiro Comando Operacional do Corpo de Bombeiros Militar de Minas Gerais.

 

LOCALIZAÇÃO:

»  Região Oeste.

ORIGEM DO BAIRRO:

»  Batizado pelo tipo de solo predominante na região, o Barroca fazia parte de uma área repleta de pequenas propriedades rurais,  como chácaras e fazendas, que produziam alimentos para abastecer a nova capital do estado.

PRINCIPAIS VIAS:

»  Avenida Amazonas

»  Rua Catete

»  Rua Campos Elísios

»  Rua General Andrade Neves

PRINCIPAIS REFERÊNCIAS:

»  Primeiro Comando Operacional do Corpo

de Bombeiros Militar

de Minas Gerais

PRINCIPAIS LINHAS DE ÔNIBUS:

»  1145 (Bairro das Industrias)

»  1404A (Palmeiras/ Alípio de Melo)

»  1404B (Estrela do Oriente/Jardim Inconfidência)

»  1404C (Palmeiras/São Salvador)

»  1502 (Vista Alegre/Guarani)

»  1505 (Alto dos Pinheiros/Tupi)

»  1509 (Califórnia/Tupi)

»  1510 (Madre Gertrudes/Providência)

»  2033 (Betânia/Centro)

»  2034 (Conjunto Betânia/Centro)

»  2104 (Nova Gameleira/ BH Shopping)

»  3029 (Regina/Centro)

»  3054 (Milionários/Centro)

»  4201 (Alto Caiçara/ Nova Cintra)

»  5401 (São Luís/Dom Cabral)

»  8205 (Maria Goretti/Nova Granada – via Ato Barroca)

»  9201 (Baleia/Nova Granada)

»  9202 (Pompeia/Jardim América)

 

BETÂNIA


1.ORIGEM:

O bairro Betânia, localizado na região Oeste, vizinho dos bairros Palmeiras, Salgado Filho, Nova Cintra e Madre Gertrudes, tem história de origem semelhante à deles.

Começou a se desenvolver há mais ou menos 30 anos, quando os primeiros moradores começaram a construir casas no loteamento originário de uma antiga fazenda.

Tem fácil acesso para o Barreiro de Cima, Ibirité e Brumadinho, municípios integrantes da Região Metropolitana de Belo Horizonte.

As suas principais vias de acesso são a Rua Úrsula Paulino que corta todo o bairro, o Anel Rodoviário, Via do Minério, Avenida Dom João VI e Avenida Tereza Cristina.

Ocupa uma área de 304,4 hectares e população estimada em 15.236 moradores.

2.DESENVOLVIMENTO/INFRA – ESTRUTURA:

Em se tratando de infra-estrutura, o bairro Betânia tem como principal característica a diversidade comercial.

Pode ser facilmente encontrado na região agências bancárias, farmácias, padarias, quadras poliesportivas, supermercados, indústria, escolas, academias de ginástica e postos de gasolina.

Além de bares, restaurantes e pizzarias, os moradores tem também à disposição boas opções de lazer, destacando-se neste contexto o Parque Ecológico Jacques Costeau, situado na Rua Augusto José dos Santos, 366. Com área de 456 mil metros quadrados, o parque é administrado pela Prefeitura de Belo Horizonte e conta com bucólicas trilhas ecológicas, brinquedos infantis, lagos para criação de peixes ornamentais e espaço para plantio de mudas de árvores de várias espécies. Está aberto ao público, de terça a domingo, das 8 às 17 horas.

BURITIS

1. ORIGEM:

Lançado na década de 70 e mais conhecido por abrigar os filhos da zona sul, o Buritis, bairro da região Oeste, é um dos bairros que mais crescem em Belo Horizonte.

Em 1987, chegou a ser considerado o maior canteiro de obras da capital. O ritmo das construções diminuiu, mas o bairro encabeça a lista dos que oferecem o maior número de unidades habitacionais, conforme levantamento do Instituto de Pesquisas Administrativas da Universidade Federal de Minas Gerais (IPEAD/UFMG), realizado em novembro de 2005.

O Buritis é um bairro jovem, bem localizado, com infra-estrutura e vida próprias. Pelo menos é assim que boa parte dos moradores o descrevem. A localização privilegiada e a boa infra-estrutura da região também são motivos de orgulho e atraem compradores de imóveis.

Mas nem sempre foi assim.

As primeiras casas, projeto original do bairro, começaram a ser erguidas em 1981, mas, em 1985, a Prefeitura de Belo Horizonte alterou o tipo de zoneamento previsto na Lei de Uso e Ocupação do Solo, dando início à verticalização do lugar.

Em pouco mais de 10 anos, a paisagem se transformou e centenas de empreendimentos se instalaram: bancos, universidades, supermercados, imobiliárias, bares, restaurantes, academias, farmácias e shoppings. A sua população teve um aumento considerável e hoje está estimada em mais de 17 mil habitantes.

2. DESENVOLVIMENTO/INFRA - ESTRUTURA:

Uma das características mais marcantes do Buritis é o grande número de empreendimentos comerciais, especialmente bares e restaurantes.

Além disso, o bairro possui uma infra-estrutura completa em termos de escolas, academias, quadras e campos de futebol e tênis, universidades, shoppings, escritórios e cinemas.

Duas universidades, a UNI-BH e a UNA, têm campus na região e recebem juntas mais de 15 mil alunos. Escolas de idiomas e colégios tradicionais como o Magnum e o Efigênia Vidigal estão no bairro desde 1997, e já possuem 2 unidades na região. Juntos os colégios oferecem do maternal ao 2º grau e atendem mais de mil alunos.

O mais novo centro de compras da região é o Shopping Paragem, que tem 3 mil metros quadrados de área e foi projetado para receber mais de 80 mil clientes por mês, tanto do Buritis, quanto de outros bairros do entorno, como Estoril, Santa Lúcia, Mansões e Belvedere.

O empresário Marcelo Mourão explica que o shopping foi implantado com base em pesquisas de mercado e de olho na necessidade de agregação de facilidades. Já que temos algumas deficiências no sistema viário que dificultam um pouco a entrada e saída do bairro, nada mais natural que agregar todos os produtos e serviços desejados pela população na própria região, salientou.

CABANA

1. ORIGEM:

O bairro CABANA DO PAI TOMÁZ, mais conhecido como bairro Cabana, teve início com a invasão de proximidades da antiga BR– 031(atual BR-262), nos terrenos pertencentes à fazenda LHANA, cujo proprietário era o Sr. Antônio Luciano. Tais áreas invadidas correspondem atualmente à Vila São José, Nova Cintra, Vila Oeste e Cabana do Pai Tomáz, que teve esse nome devido à existência de um lote na Avenida Amazonas onde realizavam-se benzeduras do Pai Tomás. A invasão foi estimulada em virtude de um Decreto Municipal do então Prefeito de Belo Horizonte Jorge Carone Filho, em 10 de setembro de 1962, que desapropriava os terrenos não vagos em prol do interesse social.

A ocupação da área gerou problemas, como a desvalorização de terrenos vizinhos, como o terreno do Deputado Estadual Waldomiro Lobo, proprietário do Sanatório Waldomiro Lobo, atual Fundação Waldomiro Lobo.

2. DESENVOLVIMENTO/INFRA-ESTRUTURA:

Atualmente, a maior parte das habitações localizadas na sub-área que compõe essa região (VISTA ALEGRE, MADRE GERTRUDES, PATROCÍNIO, GLALIJÁ, JARDINÓPOLIS e CABANA) ainda não estão legalizadas e a população é nitidamente carente e de baixa renda. Nos últimos anos, entretanto, vem conseguindo melhorias significativas, graças ao Programa do Orçamento Participativo da Prefeitura de Belo Horizonte.

CALAFATE

1.ORIGEM:

No começo do século XX, iniciava-se a povoação da região Oeste através do Núcleo Agrícola do Carlos Prates. Povoado inicialmente por colonos, muitos deles estrangeiros (italianos), confundia-se então à Vila Operária do Barro Preto.

Nesta época desenvolvia-se concomitantemente o Núcleo Suburbano do Calafate, hoje bairro Calafate, localizado na região Oeste, uma das áreas mais povoadas nestes primeiros anos da capital. Esse local era formado por chácaras e uma pequena capela. O acesso era precário e o transporte só era possível através de animais.

Em 1902, o presidente do Estado de Minas Gerais, Francisco Salles, determinava a construção da Estrada de Ferro Oeste de Minas, rumo a Betim passando pelo Calafate, o que trazia movimentação e progresso para o bairro. A primeira estação ferroviária foi instalada na Rua Santa Quitéria.

Em 1910 era inaugurada a Estrada do Barreiro, passando também pelo Calafate. Estas vias de acesso foram as primeiras do bairro.

Na década de 20 a cidade crescia e a região Oeste era a que mais se expandia. O bairro Calafate, conjuntamente com o bairro Carlos Prates era classificado pelo prefeito Flávio Fernandes dos Santos como o que mais prometia em termos de desenvolvimento.

Em 1936 o asfalto chegava oficialmente ao bairro Calafate. Neste mesmo ano era erguida uma pequena capela que mais tarde se transformaria na atual Igreja de São José do Calafate.

2.DESENVOLVIMENTO/INFRA – ESTRUTURA:

O bairro Calafate é essencialmente residencial, entretanto possui um grande comércio de caráter local ao longo da sua principal via, a Rua Platina, onde há uma infinidade de serviços e produtos como bancos, sacolões, locadores de vídeos, açougues, mercados, supermercados e lojas de auto-peças.

 

CAMARGOS:

1.ORIGEM:

O Bairro Camargos era apenas uma colina coberta por mato e cercada por arame farpado quando o casal Maurílio José Coelho e Maria José Pereira (Dona Zinha) construiu a casa e se mudou para o local. “Aqui era a sede do Arraial Camargos. Com o progresso, os herdeiros das terras ficaram com medo de uma possível uma ocupação e lotearam a área, vendendo terrenos baratos e com pagamento parcelado”, conta Maurílio.

Hoje, o bairro, que fica na Região Noroeste, tem infraestrutura completa e o casal diz que não há lugar melhor para viver. Mas, para abrir as ruas e conquistar a luz e a água da Copasa, os dois tiveram que mobilizar vizinhos, fundaram a primeira associação comunitária e cobrar providências do poder público. “Se fosse esperar o plano de expansão de luz e água ia demorar demais para sermos atendidos”, conta Dona Zinha.

Na década de 1970, com a implantação da Via Expressa, o bairro saiu do isolamento e atraiu muitas famílias, que se beneficiavam da facilidade de morar entre Belo Horizonte e Contagem. O bairro agora tem fácil acesso, seja pelo Anel Rodoviário ou pela Via Expressa Leste-Oeste, e o transporte coletivo é feito por quatro linhas de ônibus e o metrô, na Estação Cidade Industrial. O comércio se desenvolveu, sobretudo nas ruas Soares Nogueira, Marques Rebelo e Itaunense.

A sucessão de lutas dotou o bairro de melhorias, como asfalto, escolas públicas e uma praça de esportes, e consolidou o forte espírito de comunidade, o que também contribui com a qualidade de vida na região. No bairro ainda há muitos moradores antigos que se somam aos habitantes dos muitos conjuntos habitacionais erguidos no Camargos e mantêm a organização comunitária.

Com a verticalização da capital, a partir dos anos 1970, o bairro ganhou pequenos edifícios. “Mais da metade dos moradores daqui agora reside em apartamentos e a convivência entre vizinhos ficou um pouco mais restrita, mas há pontos positivos. O lugar é calmo, alto, com uma vista bonita”, conta o metalúrgico aposentado Maurílio José Coelho.

2. DESENVOLVIMENTO/INFRA-ESTRUTURA:

A segurança, segundo o morador, melhorou com a patrulha comunitária. “As ruas são tranquilas, o comércio é bom e muita gente quer morar aqui. Há opção de apartamentos para vender e alugar, mas encontrar casas e lotes vagos é mais difícil.”

Estudos feitos na capital, por meio da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead/UFMG), classificam o Bairro Camargos como popular. Pelo levantamento realizado em março de 2009, o valor do aluguel de um apartamento de dois quartos era de R$ 427,25. Para compra e venda, o preço praticado em janeiro variou de R$ 65 mil a R$ 85 mil para apartamentos de dois quartos.

Nos classificados da capital, são raros os anúncios de imóveis para aluguel, compra ou venda no Bairro Camargos, o que comprova que muita gente, como Maurílio e dona Zinha, descobriram os encantos do lugar.


ESTORIL

1.ORIGEM:

O bairro Estoril, situado na região Oeste, foi fundado em 27 de novembro de 1991, sendo um empreendimento da Construtora Tratex. À época o local era abandonado, mesmo depois de ter recebido saneamento básico e iluminação pública.

Tal fato se verificava devido a falta de moradores, com as poucas casas existentes sendo constantemente assaltadas, e ao grande bota-fora de entulhos. As residências eram erguidas em 2 ou mais lotes, em forma de mansões.

2. DESENVOLVIMENTO/INFRA – ESTRUTURA:

Essa situação foi aos poucos se modificando.

A partir da segunda metade dos anos 80 a Avenida Raja Gabáglia, do lado direito de quem vem do BH SHOPPING, até o entroncamento com a Avenida Barão Homem de Melo, e a própria Avenida Barão Homem de Melo, foram tomadas por revendedores de automóveis de luxo.

Várias quadras poliesportivas e academias de ginástica se instalaram na região, e as residências unifamiliares, ao contrário dos edifícios, formaram o que hoje é conhecido como a primeira etapa do bairro Estoril.

Já a segunda etapa do bairro foi iniciada no final da década de 80. A exemplo da anterior foi também conduzida pela Construtora Tratex, e foi formada eminentemente por prédios residenciais.

Este grande adensamento, trouxe consigo os problemas tradicionais, como aumento no fluxo de veículos pelas vias locais.

Apesar de tudo o bairro possui um excelente qualidade de vida, sendo o preferido, conjuntamente com o bairro Buritis, pela classe média.

É bem servido por estabelecimentos prestadores de serviços, escolas e comércio. A Rua Teófilo Filho, na divisa com o bairro Jardim América delimita esta segunda parte do Estoril.

Muitas pessoas que acreditam residirem no bairro Buritis, na verdade moram no bairro Estoril.

A fronteira entre os dois bairros são as ruas Ernani Agrícola e José Hemetério Andrade, prolongando-se até o Colégio Magnum. Somente dali até o Anel Rodoviário é o bairro Buritis. A área do bairro Estoril abrange ainda o extinto Bairro das Mansões, que compreende a Avenida Raja Gabáglia, no cruzamento com a Av. Barão Homem de Melo, passa pela Rua Prof. José Rodrigues Pereira e contorna a Av. Engenheiro Carlos Goulart até o Colégio Magnum.

Historicamente, essa “confusão” entre os bairros Estoril e Buritis, fez parte de uma estratégia de marketing, à época do surgimento dos dois empreendimentos. Havia a intenção expressa de ampliar os limites do Buritis de forma a aproximá-lo dos bairros da Região Centro Sul, para torná-lo atrativo aos futuros compradores, a maioria oriundos daquela região.

Muitos moradores só percebem essa questão quando vêem a escritura de seus imóveis, que os coloca como moradores do bairro Estoril, e não do bairro Buritis, conforme a publicidade anunciou.

ESTRELA DALVA

1.ORIGEM:

O conjunto Estrela DAlva surgiu por volta do ano de 1982. O bairro formou-se principalmente pela construção do conjunto habitacional que lhe originou este nome.

O conjunto Estrela DAlva foi um empreendimento do Inocoop Centrab, no início da década de 80. Sendo 154 mil metros quadrados de área construída, 1381 apartamentos (67 edifícios de 4 pavimentos e 14 de 6/10 pavimentos), com apartamentos de 2/3 quartos, padrão BNH, com área média construída de 79m2, além de equipamentos comunitários (clube, escola, capela ecumênica, centro-de-compras) que não foram implantados. Para um terreno com área total de 230 mil m2, foram reservados 133 mil m2 de área livre para estacionamentos e parques, além dos 28 mil m2 ocupados pelas vias, resultando numa taxa de ocupação bastante reduzida de 9%.

A solução arquitetônica e urbanística adotada, embora limitada pelos padrões rígidos exigidos pelo BNH da época, representou uma evolução para esse tipo de empreendimento social, configurando volumetrias ricas e variadas, dialogando harmoniosamente com a morfologia do terreno natural bastante acidentado e com os padrões do tecido viário pré-existente na época. Na verdade, em geral, conjuntos habitacionais de grande porte revelaram-se ineficazes a longo prazo e não mais foram implementados com incentivos de verbas públicas, sendo substituídos por empreendimentos habitacionais de interesse social de menor porte.

2.DESENVOLVIMENTO/INFRA-ESTRUTURA:

Um novo momento da ocupação da sub-bacia do médio Cercadinho, no último ano da década de 70, foi representado pela implantação de um conjunto habitacional, conhecido por Conjunto Estrela DAlva, construído com recursos do Sistema Financeiro de Habitação. O terreno já havia sido loteado anteriormente mas foi inteiramente modificado para abrigar um conjunto de edifícios de 3 e 10 pavimentos. Este representou a introdução de uma tipologia completamente estranha para a região, à época, conformando-se uma exceção na paisagem local. Incluído no mesmo zoneamento do restante do bairro Havaí, que limitava a altura das construções em dois pavimentos, o empreendimento usufruiu de uma abertura que a Lei de 1976 apresentava para "conjuntos residenciais verticais de interesse social".

A obra foi finalizada no mesmo ano, mas seus primeiros moradores tinham sérias dificuldades de acesso. O isolamento devia-se à descontinuidade da malha urbana, agravado pelo obstáculo configurado pelo Córrego Cercadinho. A ligação com a área central se fazia com dificuldade, através do bairro Jardim América. Os candidatos a compradores das unidades do Conjunto Estrela DAlva eram de uma classe dependente dos financiamentos do BNH para realizarem o "sonho da casa própria". Assim, se constituíam em um grupo com poder aquisitivo superior às famílias já instaladas na região, mas inferior aos futuros moradores do Bairro das Mansões.

Entre 1978 e 1982 ocorreu em Belo Horizonte um período de grande produção no setor da construção civil, em consequência da "alta disponibilidade de financiamento habitacionais". Apontado como um movimento de periferização, a expansão da ocupação "para as populações de níveis de renda relativamente maiores em regiões de ocupação popular".

O Conjunto Estrela DAlva parece se encaixar neste perfil, acarretando uma provável valorização da região a medida que suas necessidades foram sendo atendidas pelo poder público.

GAMELEIRA

1.ORIGEM:

Gameleira é uma designação comum de algumas árvores da família das moráceas. Sua madeira é muito utilizada na confecção de gamelas e objetos domésticos. A atual geração não a conheceu, mas foi ela quem inspirou a criação do nome do bairro Gameleira, localizado na região oeste da capital. Vítima do progresso, hoje quase não mais se encontram aquelas belas árvores que deram origem ao bairro.

Muitas são as lembranças dos antigos moradores do Gameleira. Entre eles há algumas curiosas, como a pescaria no ribeirão Arrudas e o mato da região.

Maurício Silva, 69 anos, nasceu e cresceu no bairro. Ele, que têm várias histórias para contar, relembra com saudade quando as águas do Arrudas ainda eram limpas. Ele conta que toda a meninada bebia água do ribeirão e sorri ao dizer que naquela época não sabiam direito o que faziam. Hoje o Arrudas é usado normalmente como esgoto, uma vez que os detritos domésticos e hospitalares de Belo Horizonte são lançados em suas águas. Mas, na memória do senhor Maurício não foram apagadas a época em que, nessas mesmas águas, era possível realizar uma boa pescaria.

Enquanto o senhor Maurício têm em suas lembranças as pescarias realizadas no leito do ribeirão Arrudas, Isabelrita Carli têm na memória o imenso matagal existente no bairro. “Isso aqui tudo era uma selva”, relembra, quando se recorda do bairro na década de 60. Conta que não havia água e nem esgoto na região. “A água, quando vinha, era aos sábados”, explica. Segundo ela, era preciso encher os tambores de manhã e a água armazenada tinha de durar uma semana.

2.DESENVOLVIMENTO/INFRA-ESTRUTURA:

O bairro apresenta hoje uma grande concentração de prédios e instituições públicas. Abriga o conhecido Parque de Exposições de Animais Bolívar de Andrade, famoso por oferecer à população rodeios, provas hípicas e variadas apresentações de laser para adultos, jovens e crianças, além de amostras da nossa produção agrícola, pecuária, industrial e comercial.

Além do parque, estão localizados no bairro, a Fundação Ezequiel Dias, o Instituto Médico Legal – IML, o 5º Batalhão da Polícia Militar de Minas Gerais, a Delegacia Regional do Ministério da Educação, o Departamento de Estradas e Rodagens – DER, os Hospitais Galba Veloso e Sarah Kubitschek e o maior Centro de Conveções da América Latina: O EXPOMINAS, inaugurado em 2006 mo mesmo local onde, em 1971, aconteceu o desabamento do Parque de Exposições da Gameleira, vitimando muitos operários da construção civil.

A região possui ainda um grande número de escolas públicas e particulares. Entre elas, o Centro Federal de Educação Técnica – CEFET, o Colégio Salesiano, a Escola Estadual Maurício Murgel e a Municipal, João do Patrocínio.

O comércio local é rico e variado. Por ali é grande o número de bares, armazéns, sacolões, dentre outros.

Depois da Avenida Amazonas, a Rua Campos Sales é a segunda via de acesso à região.

 

GRAJAÚ

 

1. ORIGEM:

 

O bairro tem suas origens ligadas ao antigo povoado das Piteiras, que ficava às margens do córrego de mesmo nome. Atualmente, poucas recordações se tem daquele povoado. Os córregos estão canalizados sob as avenidas Barão Homem de Meli, Silva Lovo e Francisco Sá. Os primeiros loteamentos foram aprovados no fim dos anos 1920. A ocupação, no entanto, foi lenta e se arrastou por décadas.

Era conhecido também como Vila Lídia.

Àquela época a região Oeste era um local em que se planejava manter um estilo de vida mais rural, com a manutenção de chácaras e fazendas. Elas ajudariam a recém-inaugurada capital de várias formas. Mas, rapidamente, aquela paisagem começou a se transformar e deu origem a vários bairros, dentre eles o Grajaú.

Dois grupos foram muito importantes para essa mudança: as insttituições governamentais, como o Instituto João Pinheiro, a Fazenda-Modelo e os operários que foram expulsos de outras partes da cidade. Eles lutaram pelo direito de viver no local e ali se instalaram.

 

2. DESENVOLVIMENTO/INFRA-ESTRUTURA:

O Grajaú é um bairro tipicamente belo-horizontino quando se leva em consideração todo o seu aspecto geográfico. Tem muitos aclives e declives, mais nem por isso deixa de ter o seu valor. Sofre atualmente uma expansão urbana verticalizada gradual e homogênea, ao mesmo tempo em que é beneficiado pela revitalização da avenida Silva Lobo.

Apesar da verticalização gradual, o bairro ainda mantém ares de interior. Muito em razão de seu passado.

A área comercial é predominantemente de pequenos empreendedores. Há uma oferta de escolas considerável. Além de colégios estaduais e municipais, como o Colégio Cotemig e a unidade principal do Centro Universitário Newton de Paiva, o bairro vem se renovando em razão das pessoas que estão indo morar lá.

É um local de fácil acesso pelas avenidas Amazonas, Francisco Sá, Contorno e Barão Homem de Melo. O preço anunciado atualmente no bairro para um imóvel de 2 quartos é de R$ 600 mil. O metro quadrado gira em torno de R$ 5 mil.


GUTIERREZ

1.ORIGEM:

Com mais de 17 mil moradores em uma área de 1,25 mil quilômetros quadrados, tendo como

vizinhos o Grajaú, o Prado, a Barroca, a Nova Granada, a Cidade Jardim e o Luxemburgo, o

Gutierrez está oficialmente na Regional Oeste, mas “dá pinta” de Zona Sul. Tradicional, o

bairro surgiu nos primeiros anos da nova capital, época em que Belo Horizonte precisava se

desenvolver.

O que hoje é a Regional Oeste tinha muitas chácaras, matas e fazendas e deveria ajudar a

cidade de diversas formas: produzindo alimentos, fornecendo recursos naturais, como água e

materiais para construção, servindo de espaço de lazer e de passeios. Antes da construção de

Belo Horizonte, entre as importantes propriedades da região estavam a Fazenda da

Gameleira, a Fazenda do Calafate e a Fazenda Gutierrez, que deram origem aos bairros que

hoje levam seus nomes. O proprietário dessa última também dá nome a um dos ícones locais,

a Praça Leonardo Gutierrez.

Mas, ainda nos 40 primeiros anos da cidade, esses espaços perderam suas características

rurais e ganharam novos usos. Assim nasceu o Gutierrez, mas também bairros como o Alto

Barroca, Barroca, Calafate, Gameleira, Grajaú, Jardim América, Morro das Pedras, Nova

Granada, Nova Suíssa e Prado. A transformação desses bairros contou com a participação de

dois importantes grupos: as grandes instituições, na sua maioria, públicas, que se instalaram

ali e incentivaram o desenvolvimento local; e a população operária, que foi responsável pela

ocupação inicial da região.

2.DESENVOLVIMENTO/INFRA-ESTRUTURA:

 A localização e a infraestrutura são, hoje, os destaques do bairro. Afinal, há uma série de vantagens em estar envolvido por avenidas como a Raja Gabaglia, Contorno, Amazonas, Francisco Sá e Silva Lobo. Existem bons supermercados, bancos, escolas, farmácias, padarias, praças, clubes, bares e restaurantes. O bairro é independente, sofisticado e, em termos de valorização, equivalente aos melhores da Zona Sul. O Gutierrez é muito residencial, mas com um comércio muito ativo e trânsito moderado.

O ponto negativo é a topografia muito íngreme. O relevo colabora para problemas de alagamentos em algumas áreas, quando há chuvas intensas. Do ponto de vista da segurança, o bairro é visado pelo alto poder aquisitivo de seus moradores. De acordo com o Censo 2010, o Gutierrez tem a 14ª média de rendimento familiar de BH, com R$ 9.477,90. Isso o coloca à frente de bairros da Zona Sul como Serra, Carmo, Cruzeiro, São Pedro e Santo Antônio.

Formado por famílias tradicionais de Belo Horizonte, algumas residentes no bairro até hoje, no Gutierrez poucas casas resistiram à grande expansão imobiliária. No cenário atual, edifícios de grande porte contrastam com menores construídos na década de 1970. A procura por novos empreendimentos no bairro é grande, as pessoas querem aproveitar a qualidade de vida e a comodidade que o bairro oferece e as construtoras já perceberam isso. Há grandes empreendimentos em fase de construção e lançamentos de grande porte que agregam conforto, lazer, segurança e tecnologia.

A maioria dos imóveis residenciais foi construída nos anos 1970, época de grande desenvolvimento do bairro e se caracterizam por construções sólidas com cômodos amplos. A partir da década de 1990, grandes construtoras começaram a investir no local e não pararam mais pois tiveram ótimo retorno devido aos atrativos do bairro e ao perfil dos moradores de classe média alta.

O bairro tinha um mall até o ano passado, mas seu principal apelo é para o comércio de rua, que serve também bairros vizinhos como Prado, Barroca e Grajaú. Lojas de tamanho médio e casas transformadas fazem o perfil dos imóveis comerciais. O preço médio do metro quadrado é de R$ 12 mil para usados e R$ 15 mil para novos.

HAVAÍ

1. ORIGEM:

Criado em meados da década de 60, o Bairro Havaí, localizado na região Oeste de Belo Horizonte, não guarda mais nada que lembre aquela época. Havia no lugar uma grande área verde, conhecida como “Mata da Lenha”, e uma trilha de cavaleiros, utilizada pelos poucos moradores, para se chegar, ` a pé, ao Bairro Calafate. Tal trajeto era necessário, pois esta era a única maneira de seus moradores pegarem o bonde para se deslocar até o centro da cidade.

O transporte regular de ônibus só chegou ao bairro Havaí em 1972. Mesmo assim, através de uma única “Jardineira”. Hoje a trilha de cavalaria é a Rua Úrsula Paulino, principal via de acesso ao bairro.

2. DESENVOLVIMENTO/INFRA-ESTRUTURA:

Hoje o transporte coletivo não é mais problema para o bairro. As mais de 10(dez) linhas que atendem ao Havaí, levam a todos os cantos da cidade, e também ao metrô da Estação Calafate, o que aumenta as possibilidades de acesso dos moradores às regiões não atendidas pelo transporte coletivo rodoviário.

O fácil acesso a vários locais de Belo Horizonte é apontado como uma das principais qualidades do bairro, mas há outras, como a variedade de comércio, como sacolões, supermercados, drogarias, pizzarias, shoppings, que instalados no próprio bairro ou em regiões limítrofes ao mesmo.

O bairro conta ainda com o Centro Comunitário Havaí – CAC HAVAÍ da Prefeitura de Belo Horizonte, que oferece diversas atividades culturais, esportivas e de laser para a comunidade.

Essencialmente residencial, com casas e edifícios de pequeno porte, o bairro cresceu e se organizou de maneira espontânea. As ações de planejamento somente foram realizadas depois da sua ocupação.

Algumas pessoas, que se mudaram para o bairro Havaí á época de sua criação, permanecem na região, preservando a sua história e costumes, dentro estes o de visitas cotidianas entre vizinhos.

O bairro Havaí é classificado pelo Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis da UFMG como popular – em que a renda dos chefes de família é inferior a (cinco) salários mínimos.

JARDIM AMÉRICA

1.ORIGEM:

O bairro Jardim América, localizado na região Oeste, teve sua origem a partir de uma grande fazenda, a Fazenda das Goiabeiras, de propriedade do senhor Ranieri Migliorini, fazenda esta que fazia divisa com a Fazenda do Cercadinho, com o córrego dos Macacos e com a atual Rua Gávea.

A grande quantidade de jardins e roseiras nos limites da fazenda deram origem ao nome do bairro.

Em 1918, com o falecimento do proprietário, a fazenda foi vendida para os senhores Raimundo Scott e José de Oliveira, que a lotearam, dando-lhe o nome de Vila Jardim América.

Assim nascia um povoado com cerca de 50 famílias, a maioria composta por operários. Essa região ficou estagnada durante muito tempo, sem nenhuma infra-estrutura.

2.DESENVOLVIMENTO/INFRA – ESTRUTURA:

O bairro começou a se desenvolver a partir de 1932, quando recebeu saneamento básico. A iluminação pública chegou em 1953, e neste mesmo ano foi dado início à abertura e encascalhamento das ruas.

Como consequência começaram a circular os primeiros veículos utilizados no transporte público, conhecidos como canarinhos, devido a cor amarela dos mesmos.

Por esta época apareceram também as primeiras escolas.

Ainda na década de 50, o Jardim América teve os limites territoriais ampliados, principalmente após a criação das Vilas Barão Homem de Melo e Ventosa, que hoje respondem pelas áreas mais adensadas do bairro.

Na década de 60 as ruas foram calçadas e o bairro recebeu a sua primeira linha regular de ônibus.

Supermercados, farmácias, locadoras de vídeo, açougues e sacolões oferecem aos consumidores quase tudo que eles precisam. Os demais produtos e serviços são buscados em bairros vizinhos como Betânia e Nova Granada.

MORRO DAS PEDRAS

1.ORIGEM:

No início do Século XX, havia uma pedreira explorada pela Prefeitura de Belo Horizonte- PBH, no local onde hoje se encontra a Rua da Pedreira. A região, por causa dessa Pedreira, ficaria conhecida como Morro das Pedras. As pedras dali retiradas foram largamente utilizadas na construção da capital.

Na década de 20 a PBH deu autorização para que se instalassem no local algumas moradias, conforme relata o senhor Edmar de Azevedo, militante comunitário, nascido e criado na região: A minha tia possuía uma carta do Prefeito Cristiano Machado que a autorizava a construir aqui. Então cada um que veio fechou seu pedacinho, todo mundo tinha seu lotezinho cercado e assim vieram os primeiros moradores para cá.

Belo Horizonte foi planejada com espaço delimitado por 3 áreas distintas: uma urbana, interior à Avenida do Contorno; outra suburbana, para moradia dos funcionários públicos e integrantes da polícia e uma rural, para produção agrícola. Não se tem informação sobre a criação de uma área específica para moradia dos operários. Desta forma, os mesmos, sem espaço para se instalar, deram início à formação das primeiras áreas de favelas da capital no Córrego do Leitão, no Barro Preto; no Alto da Estação, no Santa Tereza; no Lagoinha; no Barroca, em uma região conhecida como Vila Lídia, e no Morro das Pedras.

2. DESENVOLVIMENTO/INFRA-ESTRUTURA:

O Morro das Pedras se desenvolveu entre as décadas de 70 e 80, com alto adensamento populacional. Esse crescimento teve como principais fatores o aumento da migração do campo para as cidades, e ao extinto programa PRÓ-FAVELA, de caráter assistencialista, que, no meio da década de 80, distribuiu títulos de propriedade para famílias da região. Como resultado destas políticas o Morro das Pedras viu surgir e posteriormente ser dividido a Vila São Jorge(em I, II e III), e as Vilas Santa Sofia, Cascalho, Antenas e Leonina.

Outro fator motivador do adensamento do Morro das Pedras foi o LIXÃO, como era conhecido o aterro sanitário de Belo Horizonte do início dos anos 60, mantido em atividade até 1975. Ele atraiu moradores porque, segundo os mesmos, distribuiu muita riqueza e desgraça. Um deles conhecido como senhor Raimundo, militante comunitário, primeiro usuário oficial do gás produzido pelo lixo relata: Muitas famílias ganharam dinheiro, mas também muita gente morreu e outros estão aí sem nada na vida, como eu.

Em 1971 um grande desmoronamento vitimou centenas de moradores. Após este acidente, a municipalidade voltou sua atenção para a questão dos resíduos públicos gerados na cidade e criou em 1973 a Superintendência de Limpeza Urbana- SLU. Em 1975 o Lixão foi transferido para o Aterro Sanitário da BR-040, onde até hoje se encontra.

No começo de 2003, o Morro das Pedras foi marcado por outra tragédia, com o deslizamento de terra ocorrido após intensas chuvas. Este acidente ganhou destaque nacional e internacional, visto que vitimou, ao mesmo tempo, várias crianças de uma mesma família.

A partir deste incidente a PBH intensificou, durante a administração do Secretário Renato Santos Pereira, a realização de obras estruturantes no local, fazendo com que o Morro das Pedras, do ponto vista do risco, seja hoje um local mais seguro. Dentre as principais obras realizadas, destacamos:

a)Obra de contenção, drenagem e urbanização da Rua Esperança próximo ao n° 6 – Vila Antena;
b)Muro de contenção na Rua da Pedreira n° 500 – Vila São Jorge;
c)Obra de recuperação do Beco São Martins – Vila São Jorge;
d)Muro de Contenção no Beco Santa Rita n° 35 – Vila São Jorge;
e)Muro de Contenção na Rua da Pedreira n° 595 – Vila São Jorge;
f)Obra de Contenção, drenagem e urbanização do Beco das Rosas – Vila Leonina;
g)Obra de recuperação do Beco Vitória / Joaíma – Vila São Jorge;
h)Obra de implantação do Parque Esportivo Morro das Pedras(no local onde ocorreu o deslizamento de terra em 2003;
i)Construção de 20 moradias da Vila Kolping Berlin – Alpes.

O programa Vila Viva, que vem transformando a realidade dos moradores de vilas e favelas de Belo Horizonte, registrou avanços expressivos nos últimos dois anos. Desenvolvido em parceria com o Governo Federal por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES), Caixa Econômica Federal e recursos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), além de contrapartida municipal, o Vila Viva já se tornou referência para outras cidades do país e do exterior e recebe investimentos de R$ 1,15 bilhão. Novos empreendimentos concluídos foram entregues em dezembro de 2010, durante as comemorações do aniversário de Belo Horizonte, incrementando ainda mais o saldo positivo do programa.

O perfil dos aglomerados e vilas da cidade que contam com o Vila Viva já está mudando com as obras de saneamento, remoção de famílias de áreas de risco geológico e trechos de obras, construção de unidades habitacionais, erradicação de áreas de risco, reestruturação do sistema viário, urbanização de becos e ruas, implantação de parques e equipamentos de esporte e lazer.

O Vila Viva, que começou em 2005 em vilas do Aglomerado da Serra, foi expandido para outros 11 locais: Vila São José, Pedreira Prado Lopes, Morro das Pedras, Taquaril, Vila Califórnia, Vila Belém, entorno do Córrego Santa Terezinha (Alto Vera Cruz), Vila Cemig e Alto das Antenas, Aglomerado Santa Lúcia e Aglomerado São Tomás/Aeroporto.

As melhorias alcançam cerca de 193 mil pessoas, inclusive com ações de promoção social e desenvolvimento comunitário, educação sanitária e ambiental e geração de trabalho e renda. Nos 12 locais onde vem sendo implantado, o Vila Viva prevê a remoção de 13.167 famílias e a construção de 6.894 unidades habitacionais para reassentamento. A meta da Prefeitura é que o programa beneficie, até 2012, 35% dos moradores de vilas e favelas, o equivalente a cerca de 165 mil pessoas. Entre 2009 e 2010 foram entregues mais 2.353 unidades habitacionais.

NOVA SUÍSSA

1. ORIGEM:

A área onde hoje se localiza o bairro Nova Suíssa foi adquirida no início dos anos 20, pelo Sr. Carlos Norder, proprietário à época da tradicional Baleira Suíssa da rua da Bahia, situada próximo à antiga Casa Arthur Haas, no Centro.

O novo núcleo, loteado e vendido, urbanizou rapidamente a região. A boa topografia do terreno e o clima ameno foram fatores de influência para o seu adensamento. As principais ruas receberam nomes de flores e de cidades da Suíssa, e após o advento da construção da Avenida Amazonas, durante o governo do prefeito Juscelino Kubsticheck, tornou-se um local de fácil acesso.

Foi no bairro Nova Suíça que Belo Horizonte viu surgir um dos maiores centros educacionais do estado, a antiga Escola Técnica Federal, hoje Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais – CEFET-MG.

Apesar do progresso, o bairro continua tranquilo e ainda é possível encontrar amigos e familiares nos vários barzinhos que se instalaram na região.

2. DESENVOLVIMENTO/INFRA-ESTRUTURA:

Sendo um dos bairros mais tradicionais de Belo Horizonte, seus limites aproximados são as avenidas Barão Homem de Melo, Amazonas, Tereza Cristina e ruas situadas no alinhamento da Rua Desembargador Dario Lins, que separa o bairro do vizinho Jardim América. Os demais vizinhos são os bairros Alto Barroca, Barroca, Calafate, Gameleira e Nova Granada.

Tem uma população estimada pela Associação dos Moradores em 60 mil pessoas.

Pode-se distinguir 3 áreas distintas na região: a parte mais alta, em volta do Colégio Santana; a área mais baixa, próxima à Avenida Barão Homem de Melo, onde predominam edifícios residenciais; e outra mais plana, junto ao CEFET, em que as residências unifamiliares são maioria.

Do ponto de vista infra-estrutural, pode ser encontrado quase tudo no bairro. Há 4 grandes supermercados, várias padarias, lanchonetes, bares, açougues, farmácias, bancas de jornais e revistas, locadoras de vídeos, lojas de móveis, de materiais de construção, entre outros estabelecimentos, que tornam mais confortável o dia a dia dos moradores.

Casas lotéricas, bancos, papelarias, escolas públicas e privadas, posto de saúde e muitas linhas de ônibus, completam os serviços oferecidos.

Algumas instituições são referência no bairro, como o CEFET, na Avenida Amazonas e o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas-SEBRAE, na Avenida Barão Homem de Melo. Na parte mais alta, o Colégio Santana, na Rua Lindolfo de Azevedo, se destaca pela beleza da construção de sua sede.

Mesmo com o intenso comércio e a grande quantidade de edifícios residenciais, o Nova Suíssa ainda conserva um jeito bucólico de cidade do interior, marcado pela predominância de casas antigas, em diversos estilos, muitas delas localizadas em ruas arborizadas. Já os edifícios são construções mais recentes, voltadas para as necessidades da classe média.

3. DESENVOLVIMENTO DO BAIRRO A PARTIR DOS ANOS 30, NA VISÃO DO MORADOR, SR. EDUARDO SABINO:

Em 1935, mudava –se para o bairro Nova Suíssa, o Sr. Eduardo Sabino, mais conhecido como Sr. Rosa, e que traz na memória muitos fatos relevantes da história do bairro.

Ele informa que naquela época havia apenas uma rua, a que morava, que era a Rua Javali, hoje Java, construída pelo também morador de origem italiana, Domingos Andona: O resto era só mato. Não existia nenhum tipo de comércio, e os moradores, para fazer suas compras regulares, tinham que se deslocar até o bairro Calafate.

Recorda-se também que foram surgindo outras ruas e casas e o bairro foi ganhando movimento. Ele abriu então um pequeno armazém, com o nome de Armazém Mirim, que atraía moradores locais e até de outros bairros, comercializando de gêneros alimentícios a sapatos.

Ele se recorda da construção do CEFET, e informa que antes da sua construção existia no local várias casas residenciais, desapropriadas posteriormente para a sua construção.

4. DESENVOLVIMENTO DO BAIRRO A PARTIR DOS ANOS 40, NA VISÃO DO CASAL DARCI E SEBASTIANA:

A evolução e o crescimento do bairro Nova Suíssa se mistura à historia de vida do casal Darci Melosi Santiago, bancário aposentado, 81 anos e de Sebastiana Martins Santiago, 76 anos, mais conhecida como Dona Taninha.

O casal recorda que nas décadas de 40 e 50, existiam ainda poucas residências, e as ruas não eram ruas, e sim estradas de terra com muita poeira e lama. No quarteirão onde moravam existiam apenas 5 residências.

Dona Taninha recorda que seu pai, o português Antônio Martins foi o primeiro motorneiro da região no bonde que circulava pelas Ruas Platina e Campos Sales, indo até ao bairro Gameleira. Recorda-se também da construção do Grupo Escolar Maurício Murgel e que antes só existia na região uma pequena escolinha, cuja primeira professora foi a Sra. Nair Safa, moradora da Rua Campos Sales.

O casal recorda-se que existiam diversos times de futebol amador, como o Atlético Suburbano, o Bom Pastor, o Monte Castelo, o Beverly e o Paulistano, e os campos ficavam próximos a linha férrea.

PALMEIRAS

1. ORIGEM:

Localizado na Região Oeste, o Bairro Palmeiras tem um desenvolvimento recente. Foi a partir da década de 1970 que a área começou a ser asfaltada. Nesse mesmo período surgiram os primeiros moradores, que começaram a construir suas casas no loteamento formado por uma antiga fazenda.

Para se ter uma ideia do crescimento assistido nas últimas décadas, há pouco mais de 20 anos as ruas do Palmeiras ainda não eram bem definidas. A passagem dos moradores era feita por trilhas, que dificultavam o acesso de veículos.

Já a implantação de redes de água e esgoto, além de outros serviços básicos, começou depois da construção dos conjuntos habitacionais dos Militares e do Conjunto Serra da Mantiqueira, o que beneficiou também as áreas próximas a eles. Mas sua expansão foi alcançada de forma ainda mais significativa com o rápido crescimento do vizinho Buritis, há aproximadamente 20 anos, quando começaram a surgir os primeiros prédios residenciais.

 Apesar de já ter água e luz, apenas as vias principais eram asfaltadas e não havia rede de esgoto em algumas ruas. Antes, era uma área de chácaras e casas e tinha muitos lotes vagos. Depois os prédios surgiram e hoje está difícil encontrar área para construir. O aumento da área do Buritis se refletiu no Palmeiras. 

2. DESENVOLVIMENTO/INFRA-ESTRUTURA:

Grande parte da atividade comercial do Palmeiras concentra-se em suas vias principais, as avenidas Raul Mourão Guimarães, D. João VI e Nossa Senhora do Porto. Nelas há panificadoras, drogarias, supermercados, papelarias, academias de ginástica, entre outros. Há, ainda, opções de lazer na região. “Tem restaurantes, barzinhos e quadra esportiva”, comenta Leandro Fernandes.

Os moradores contam também com a infraestrutura de um shopping localizado no Bairro Belvedere, que fica a 10 minutos do Palmeiras. Com relação ao transporte, quatro linhas de ônibus servem à região – entre elas, a 1404 –, que tem como principais vias de acesso as avenidas Raja Gabaglia e Tereza Cristina, o Anel Rodoviário e a Via do Minério. 


O bairro abriga a 10ª Companhia do 5º Batalhão da Polícia Militar, é um local bom para morar. É um bairro tranquilo, parecido com interior,mas com boa infraestrutura.

O mercado imobiliário sentiu o impacto do desenvolvimento na região. A maioria dos lotes já está ocupada. Casa, só se for para alugar. Mesmo assim, a procura é alta no bairro, que é classificado pela Pesquisa do Mercado Imobiliário de Belo Horizonte realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas Administrativas e Contábeis da UFMG (Ipead) como “popular”, já que a renda média dos chefes de família é inferior a cinco salários mínimos.

De acordo com levantamento do Ipead realizado em abril, o valor de aluguel praticado no Palmeiras para apartamento de dois quartos, considerando sua classificação como popular, é de R$ 543,45. Para comercialização, os preços variam entre R$ 142.013 e R$ 216.785.

PRADO

1.ORIGEM:

Andar por este bairro da Região Oeste é passear por um pedaço da história de Belo Horizonte. Suas antigas casas, com belos quintais, em ruas tranquilas e arborizadas, algumas ainda de calçamento, são registros do começo da ocupação da cidade. Com sua origem diretamente ligada aos operários que ajudaram a construir a nova capital de Minas, o Prado mantém seu perfil de vizinhança classe média.

Pouco tempo depois da fundação de BH, no início dos anos 1900, os trabalhadores que participaram das obras da capital foram removidos de áreas na parte interna da Avenida do Contorno, consideradas mais nobres, e passaram a ocupar regiões próximas ao Centro. Assim nasceram os bairros Calafate, Sagrada Família e Santa Efigênia. A história do Prado está ligada ao loteamento da Fazenda do Calafate, que batizou o bairro vizinho, e à instalação do Núcleo Colonial Carlos Prates, do qual fez parte, ainda no século 19.


Alguns eventos marcaram e influenciaram a ocupação da região. Quando ainda mantinha características mais rurais, em 1906, foi inaugurado o Prado Mineiro, primeiro hipódromo da cidade, onde hoje funciona o Clube dos Oficiais da Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG). Movimentando a vida social da nova capital, as corridas e exposições agropecuárias, que até 1930 ocorreram no local, atraíam membros da alta sociedade de BH.

 

Provas de turfe, jogos de futebol e exposições agropecuárias não foram as únicas atrações do Prado Mineiro, que movimentavam a nova capital do estado. O hipódromo foi sede do primeiro voo de avião oficial da cidade, em 20 de abril de 1912. Com seu monoplano Blériot X, o italiano Ernesto Darioli encantou a população de Belo Horizonte sobrevoando a cidade com o avião que à época era uma inusitada novidade para as pessoas. Darioli também apresentou, em 1910, para os moradores de São João del-Rei, a invenção do mineiro Santos Dumont.

 

Batizado em homenagem ao engenheiro e político Antônio Prado Lopes Pereira, que chegou a ocupar interinamente o cargo de presidente do estado de Minas Gerais – de 5 de fevereiro a 21 de março de 1910 –, o hipódromo marcou a história da região. É considerado uma das primeiras atrações turísticas de Belo Horizonte. Há mais de 100 anos, além das provas de turfe, o local abrigou os primeiros campeonatos de futebol da cidade. Para atender ao hipódromo, foi construída uma linha de bondes. Com isso, a região do Calafate e do Prado ganhou um fácil acesso ao Centro. Os bondes elétricos atenderam a população até 1963, quando foram desativados pela prefeitura.

Assim, o bairro, oficialmente loteado pela prefeitura em 1920, foi chamado de Prado. Na década de 1930, o local, que recebeu o primeiro avião a sobrevoar a cidade, foi ocupado pelo comando da Polícia Militar de Minas Gerais, que transformou as instalações no Departamento de Instrução (DI) para a formação de recrutas da corporação. Hoje, a área de mais de 39 mil metros quadrados é ocupada pela Academia de Polícia Militar, Batalhão de Cavalaria Alferes Tiradentes, Colégio Tiradentes e Clube dos Oficiais da PMMG, e permanece como uma das principais referências da região.

2.DESENVOLVIMENTO/INFRA-ESTRUTURA:

Mesmo com o processo de verticalização do início dos anos 1960, o Prado é essencialmente ocupado por casas. Alguns prédios pequenos mais antigos também compõem o cenário da região. Mas a cara do bairro começa a mudar. Com a expansão imobiliária recente na capital e a falta de opções de terrenos nos principais pontos da Região Centro-Sul, vizinhanças como o Prado e Gutierrez começaram a se valorizar ainda mais.

O perfil dos empreendimentos no Prado está mudando, focando as classes mais altas.

É um bairro mais pacato, tranquilo. De 2008 para cá, o Prado foi descoberto. Cresceu muito e obras grandes, de prédios maiores, começaram a aparecer. Não são muitos empreendimentos, nem edifícios muito grandes, pois como já é uma região bem constituída, com várias casas, é necessário juntar três, quatro lotes. Fica um pouco mais caro e mais difícil também, pois tem de coincidir de três, quatro vizinhos quererem vender suas casas. Acontece, mas é pouco. Então, a tradição do bairro é de prédios menores, com até três pavimentos. A maioria dos lotes é de 300 metros quadrados.

Os apartamentos mais antigos são, em sua maioria, de três quartos, espaçosos e, geralmente, com uma vaga de estacionamento. Já os novos têm de duas a três vagas. De 2010 para cá, começaram a surgir mais empreendimentos de quatro quartos.

Hoje, o Prado é um bairro que atende plenamente sua população. Aliado à excelente localização, as várias vias de acesso e opções de linhas de ônibus fazem do bairro um dos mais valorizados da cidade fora da Região Centro-Sul. Situado entre as avenidas Amazonas, Contorno, Tereza Cristina e Silva Lobo, a vizinhança conta com extensa rede de serviços e comércio. São supermercados, padarias, açougues, hortifrútis, depósitos de material de construção, farmácias, colégios públicos e privados, faculdade, bares e restaurantes. Fica próximo a grandes hospitais e outras regiões com ótima infraestrutura.

Estar entre grandes vias da cidade não altera muito a tranquila rotina no interior do bairro. Ao mesmo tempo em que a Avenida Francisco Sá tem intenso movimento, ruas como Esmeralda, Safira e Rubi, com suas casas e confecções, conservam um clima similar ao de cidades menores do interior. Uma das características do Prado, aliás, é exatamente as ruas com nome de pedras preciosas. O bairro é vizinho, na Região Oeste, do Gutierrez, Barroca, Alto Barroca, Nova Suíça e Calafate; fica ao lado do Carlos Prates e Padre Eustáquio, na Região Noroeste; e do Barro Preto, na Região Centro-Sul.

Quem está no meio do bairro não escuta o trânsito das grandes avenidas. A segurança ainda é bem melhor do que outras áreas da cidade, pois há a presença da polícia. E, agora, tem uma novidade que tem feito bastante sucesso, que são os bares. Em toda esquina tem um.

Não existem muitas opções para lazer ao ar livre. Uma academia a céu aberto na Praça Professor Borges da Costa, e mais duas pequenas praças – Carlos Villani e Eugênio Zucheratto – atendem os moradores. Existe, também, a ciclovia no percurso da Avenida Tereza Cristina.

RAIO X

Localização:

Região Oeste.

Origem do bairro:

Primeiro bairro urbanizado da Região Oeste, o Prado fica na área da antiga Fazendado Calafate. A região foi povoada desde o início de Belo Horizonte. O nome é uma referência ao Hipódromo Prado Mineiro, que ficava no local e, hoje, é ocupado pela Polícia Militar.

Principais vias de acesso:

»  Avenida Francisco Sá

»  Avenida do Contorno

»  Avenida Amazonas

»  Avenida Tereza Cristina

»  Avenida Silva Lobo

»  Rua Platina

»  Rua Turfa

»  Rua Brumadinho

»  Rua Cuiabá

»  Rua Turquesa

»  Rua Lagoa Dourada

Principais referências:

» Clube dos Oficiais da Polícia Militar de Minas Gerais

» Paróquia do Santo Cura Dar's

»  Barroca Shopping

»  Praça Carlos Villani

»  Praça Eugênio Zucheratto

Principais linhas de ônibus:

» 1145 (Bairro das Indústrias)

» 1404A (Palmeiras/Alípio de Melo)

» 1404B (Estrela do Oriente/Jardim Inconfidência)

» 1404C (Palmeiras/São Salvador)

» 1502 (Vista Alegre/Guarani)

» 1505 (Alto dos Pinheiros/Tupi)

» 1509 (Califórnia/Tupi)

» 1510 (Madre Gertrudes/Providência)

» 2033 (Betânia/Centro)

» 2034 (Conjunto Betânia/Centro)

» 2035 (Bairro das Indústrias/Centro)

» 2102 (Gameleira/Serra)

» 2103 (Prado/Anchieta)

» 2104 (Nova Gameleira/BH Shopping)

» 2151 (Vista Alegre/Serra)

» 2152 (Salgado Filho/Cruzeiro)

» 3029 (Regina/Centro)

» 3053 (Estação Barreiro/Barro Preto)

» 4031 (Santa Maria/Hospitais)

» 4201 (Alto Caiçara/Nova Cintra)

» 4205 (Ermelinda/Salgado Filho)

» 5250 (Estação Pampulha/Betânia)

» 5401 (São Luís/Dom Cabral)

» 8203 (Renascença/Buritis)

» 8205 (Maria Goretti/Nova Granada – Via Alto Barroca)

» 8208 (Santa Cruz/UNI-Estoril)

» 9204 (Santa Efigênia/Estoril)

» 9205 (Nova Vista/Nova Cintra)

» 9210 (Santa Tereza/Prado)

» 9414 (Santa Inês/João Pinheiro)

» SC01B (Contorno B)

» SC01R (Contorno/Praça Milton Campos)

» SC03B (Hospital Felício Rocho/Hospital Militar B)

 


SALGADO FILHO

1. ORIGEM:

A origem do bairro, ao que consta, vem do loteamento aprovado em 1941 pelo prefeito Juscelino Kubistchek, que criou naquela ocasião a Vila Operária Fazenda do Mato da Lenha, no local onde outrora existia uma parada de tropeiros.

O nome Salgado Filho, adotado em 1950, foi uma homenagem a Joaquim Pedro Salgado Filho, ministro da Aeronáutica do Governo Getúlio Vargas que, por ironia do destino, morreu em um acidente aéreo naquele ano.

2. DESENVOLVIMENTO/INFRA-ESTRUTURA:

O Salgado Filho preserva algumas características originais, como as casas populares, com jardins e quintais, que se espalham pelo bairro em meio a outras residências.

Mas o bairro já está verticalizado, com alguns edifícios passando os 6 andares.

A sua infra-estrutura não varia muito em relação a outras regiões de classe média da cidade, e é composta por supermercados, padaria, lanchonetes, posto de saúde e 4 estabelecimentos de ensino estadual, com cobertura de primeiro e segundo graus completo.

A escola Cândido Portinari, que já se chamou Getúlio Vargas, foi inicialmente construída para ser presídio feminino.

O bairro faz divisa com o Jardim América, Nova Suíça, Betânia, Nova Cintra e Gameleira.

 

VISTA ALEGRE

 

1.ORIGEM:

O Vista Alegre é um pequeno bairro da zona Oeste de BH, majoritariamente residencial, pouco verticalizado, e que comporta moradores da classe média. Apesar de ser pouco conhecido, o Vista Alegre é tido como um bairro tradicional de BH, que possui alta concentração de moradias e comércio na região do seu entorno. É cercado pelos bairros Betânia, Nova Cintra, Madre Gertrudes, Jardinópolis, e Vila São Paulo.

 

2. DESENVOLVIMENTO/INFRA-ESTRUTURA:

 

Considerado por urbanistas um bairro semi-planejado, o Vista Alegre vem sofrendo forte valorização no mercado imobiliário. O bairro possui boa infra-estrutura rodoviária, com ligações e transporte para todas as demais zonas de BH e também para Contagem, Nova Lima, RJ e Vitória. Suas principais vias de ligação com o centro de BH são as avenidas Amazonas e Teresa Cristina, mas também há opções de atalhos e desvios pelo Anel Rodoviário e pela Av. Raja Gabaglia (seguindo pelos bairros Betânia e Buritis até a mesma).

O bairro é servido diretamente por 4 linhas de ônibus (1502,2151,202,2980), mas também possui pontos (paradas) dos ônibus 1510, 4900, S10, S80, 1145, 1207c, 206. Tais linhas são responsáveis por ligar o bairro ao hipercentro e também a todas as demais regiões de BH, ao metrô Vila Oeste, à Contagem, ao Eldorado e também à Nova Lima.

O bairro está localizado próximo à 4 grandes shoppings (a 5 minutos dos shop. Itau e Paragem, a 10 minutos do Del Rey e BH Shopping)e possui ainda um posto de saúde da prefeitura, 2 escolas públicas, praça, várias escolas particulares, dentistas, pet shops, várias igrejas de diferentes religiões, farmácias, restaurantes, padarias, supermercados, posto de gasolina, caixa eletrônico, loterias, enfim, uma boa infra-estrutura básica com comércio bem variado.