Foto: Mineirão, 2008.

 

BANDEIRANTES

1.ORIGEM:

Vizinho dos bairros Jaraguá, Dona Clara, Ouro Preto, São Luiz e de mais 11 bairros que integram o conjunto de bairros da região da Pampulha, o bairro Bandeirantes surgiu na década de 40, remanescente das muitas fazendas que ali existiam, antes da construção da represa.

Suas ruas são tranquilas, limpas e arborizadas. Tem uma população estimada em 4.571 moradores, distribuídas em uma área de 355,3 hectares. Tem fácil acesso pelas avenidas Carlos Luz e Antônio Carlos, distando 9 Kms da Praça Raul Soares, centro geográfico da capital.

2. DESENVOLVIMENTO/INFRA – ESTRUTURA:

O Bandeirantes é um dos poucos bairros de Belo Horizonte onde não é permitida a construção de edifícios, já que é considerado área de proteção ambiental. Nenhum lote do bairro tem menos de mil metros quadrados. As suas principais ruas e avenida possuem nomes italianos, como Cremona, Calábria, Piza, Carrara e Trento.

Tem fácil acesso a várias áreas e locais de lazer, como o Mineirão e o Mineirinho.

Apesar das qualidades apontadas, o bairro não possui boa infra-estrutura comercial. Os moradores precisam se deslocar para bairros vizinhos.

BRAÚNAS

1.ORIGEM:

A poucos metros da Lagoa da Pampulha, cercado por muito verde, e bem distante dos espigões que caracterizam a região central. É o que, de início, pode ser dito sobre o bairro Braúnas, localizado na região da Pampulha.

O nome foi herdado da Fazenda das Braúnas, que ocupava praticamente toda a área do bairro. Desde os primeiros loteamentos, a região foi destinada às grandes propriedades, como sítios, chácaras e casas construídas em lotes com áreas entre 1 mil e 2 mil metros quadrados.

2.DESENVOLVIMENTO/INFRA – ESTRUTURA:

A partir de 1996, foi iniciado o processo de desenvolvimento do bairro, que anteriormemente possuía muitos lotes vagos, tomados pelo mato, e locais desprovidos de água, luz e telefone. A maioria das ruas foi asfaltada.

O setor comercial ainda é muito fraco, obrigando aos moradores buscar tal serviço nos bairros vizinhos.

CAMPUS PAMPULHA DA U.F.M.G

1.ORIGEM:

A Universidade é uma instituição cuja origem data do século XIX. No Brasil, a Universidade surgiu na República como continuação de um processo iniciado no Império, com a abertura das primeiras escolas de nível superior no país.

Em Minas Gerais, a primeira instituição de nível superior - a Escola de Farmácia, de Ouro Preto - data de 1839. Em 1875 é criada a Escola de Minas e, em 1892, já no período republicano, a antiga capital do Estado ganha também a Faculdade de Direito.

Em 1898, com a mudança da capital, a Faculdade de Direito é transferida para Belo Horizonte. Depois, em 1907, criou-se a Escola Livre de Odontologia e, quatro anos mais tarde, a Faculdade de Medicina e a Escola de Engenharia. E em 1911, surge o curso de Farmácia, anexo à Escola Livre de Odontologia.

A criação de uma universidade no Estado já fazia parte do projeto político dos Inconfidentes. A idéia, porém, só veio a concretizar-se em 1927, com a fundação da Universidade de Minas Gerais (UMG), instituição privada, subsidiada pelo Estado, surgida a partir da união das quatro escolas de nível superior então existentes em Belo Horizonte. A UMG permaneceu na esfera estadual até 1949, quando foi federalizada.

Ainda na década de 40, foi incorporada ao patrimônio territorial da Universidade uma extensa área, na região da Pampulha, para a construção da Cidade Universitária. Os primeiros prédios erguidos onde é hoje o campus Pampulha foram o do Instituto de Mecânica (atual Colégio Técnico) e o da Reitoria. O campus só começou a ser efetivamente ocupado pela comunidade universitária nos anos 60, com o início da construção dos prédios que hoje abrigam a maioria das unidades acadêmicas.

O nome atual - Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) - só foi adotado em 1965.

À época da federalização, já estavam integradas à UFMG a Escola de Arquitetura e as faculdades de Filosofia e de Ciências Econômicas. Depois, como parte de sua expansão e diversificação, a Universidade incorporou e criou novas unidades e cursos. Surgiram então, sucessivamente, a Escola de Enfermagem (1950), a Escola de Veterinária (1961), o Conservatório Mineiro de Música (1962) e as escolas de Biblioteconomia (1962), Belas-Artes (1963) e Educação Física (1969).

Em 1968, a Reforma Universitária impôs profunda alteração à estrutura orgânica da UFMG. Desta reforma resultou o desdobramento da antiga Faculdade de Filosofia em várias faculdades e institutos. Surgiram, assim, a atual Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas, o Instituto de Ciências Biológicas, o Instituto de Ciências Exatas e seus respectivos ciclos básicos, o Instituto de Geociências e as faculdades de Letras e de Educação.

Hoje, firmemente estabelecida como instituição de referência para o resto do país, a UFMG continua em franca expansão. Cinco cursos foram criados nos últimos quatro anos: Agronomia (em Montes Claros), Artes Cênicas, Engenharia de Controle e Automação, Matemática Computacional, Fonoaudiologia e, mais recentemente, Nutrição. As oportunidades de ingresso crescem continuamemente. Além de Belo Horizonte, o exame vestibular é agora realizado em doze cidades no interior do Estado - Conselheiro Lafaiete, Contagem, Coronel Fabriciano, Divinópolis, Governador Valadares, Juiz de Fora, Lavras, Montes Claros, Pouso Alegre, Sete Lagoas, Uberlândia e Viçosa.

2.DESENVOLVIMENTO/INFRA-ESTRUTURA:

Os primeiros prédios construídos na Cidade Universitária foram os do Instituto de Mecânica (atual Coltec) e da Reitoria.

Com o passar dos anos, foram criados novos cursos: Veterinária (1961), Biblioteconomia (1963), Belas-Artes (1963) e Educação Física (1969).

Durante muitos anos, o campus Pampulha permaneceu semi-adormecido. Só foi efetivamente ocupado pela comunidade universitária a partir da década de 60, com a construção dos principais prédios. Hoje existem na Pampulha 12 unidades acadêmicas, o Centro Pedagógico (escola de 1º grau), o Colégio Técnico (2º grau) e os órgãos e setores que administram a Universidade.

Cerca de 40 mil pessoas, entre estudantes e servidores públicos, além dos visitantes, movimentam diariamente o campus. É um universo maior do que a população de pelo menos 80% dos 853 municípios mineiros. O orçamento anual é de R$ 700 milhões, o sexto maior do Estado. O volume de água consumido em 12 meses é de 324 milhões de litros, suficiente para encher 170 mil piscinas olímpicas. Já a quantidade de lixo recolhida no mês se aproxima das 30 toneladas.

A cidade Universitária tem uma infra-estrutura de dar inveja a várias prefeituras. Enquanto cerca de 150 municípios mineiros buscam recursos junto aos governos estadual e federal para construir a sua primeira biblioteca, a UFMG se dá ao luxo de constar com 28, pelas quais estão distribuídos 707 mil exemplares. Ainda na área cultural, oferece aos moradores um leque de lazer e serviços significativo, como museus, cineclube, 21 restaurantes e cantinas, bandeiras diversificadas de bancos e até mesmo 3 linhas internas e gratuitas de ônibus.

De acordo com censo realizado pela UFMG, a maior parte dos estudantes da instituição é oriundo da classe média, e a maioria concluiu o ensino médio em escolas particulares no período da manhã. Essas pessoas – a maioria com idade entre 20 e 24 anos – não trabalhavam antes de serem aprovadas no vestibular. Cerca de 40% estudaram em escolas públicas.

Ainda segundo o censo, a miaoria declarou ter cor branca. Os homens são 53% da população universitária, apesar de, quando o assunto é a inscrição no vestibular, as mulheres somarem uma parcela bem mais significativa, de 57%.

CASTELO

1. ORIGEM:

A expansão urbanística observada na década de 70, conjugada com a ocorrência de invasões de terras em várias regiões da cidade, motivaram os filhos e herdeiros do coronel Francisco Menezes Filho, como era conhecido o antigo dono da Fazenda da Serra, a iniciar o loteamento daquela estância, que foi responsável durante muitos anos pelo abastecimento de leite, hortaliças e gêneros alimentícios da capital.

Começava a surgir, a partir deste loteamento, o bairro Castelo, localizado na região da Pampulha.

A história da próspera fazenda é narrada por um dos filhos do coronel, o empresário Francisco Souza Menezes, que viveu toda sua infância no lugar: O casarão imponente que servia de sede é uma das poucas lembranças que resiste ao tempo e, ainda hoje, faz referência à história do bairro.

Segundo ele, entre uma visita e outra, sempre podia se encontrar por lá personagens ilustres da política brasileira, como o ex-governador de São Paulo, Adhemar de Barros e o ex-presidente Juscelino Kubistcheck, amigos pessoais do velho coronel.

Naquela época, a fazenda era imensa e ocupava toda a extensão dos bairros Ouro Preto e Castelo.

Com a construção da Lagoa da Pampulha, nos anos 40, todas as áreas próximas passaram a despertar o interesse do mercado imobiliário, inclusive a fazenda.

Um dos primeiros moradores do bairro Castelo foi o corretor de imóveis Dorgival Modesto Jorge, atual presidente da Associação dos Moradores do Bairro.

Aos 82 anos, ele se orgulha de continuar morando e trabalhando no bairro e fala com alegria da parceria e amizade com a família Menezes. Ele foi um dos responsáveis pela comercialização dos primeiros lotes, quando as ruas nem mesmo existiam.

Naquele tempo, as pessoas compravam na base da confiança. Não havia demarcação de quadra nem de ruas e quem adquiria não sabia onde ia morar, recorda.

A urbanização do bairro foi concluída no início da década de 80, mas foi preciso muita promoção para que as vendas se efetivassem.

Os primeiros compradores ganharam tijolos e outros materiais de construção, como forma de incentivo para a compra do lote.

A ocupação foi bastante lenta, já que no início só era permitido a construção de casas unifamilares de no máximo 2 pavimentos.

2. DESENVOLVIMENTO/INFRA – ESTRUTURA:

Classificado como Zona de Adensamento Preferencial - ZAP, o bairro Castelo ainda hoje é um grande canteiro de obras.

Além de boas opções de casas geminadas e prédios de 3 andares, o bairro apresenta ainda grande quantidades de terrenos e lotes vagos.

As áreas comerciais e de serviços estão concentradas ao longo de suas vias principais como a Rua Romualdo Lopez Cançado e avenidas Miguel Perrela, Altamiro Avelino Soares e Tancredo Neves.

 

DONA CLARA:

 

1.ORIGEM:

Devido ao preço mais alto de imóveis nos tradicionais bairros de Belo Horizonte – como Lourdes, Funcionários e outros da área –, o processo de migração de muitos jovens nascidos e criados na região Sul para os arredores da Pampulha vem se tornando algo corriqueiro. Entre tantos outros logradouros próximos ao belíssimo complexo turístico, o Dona Clara atrai, além do grupo já citado, muitos trabalhadores enfastiados de ter que atravessar toda a cidade para assumir seus postos em locais como a Cidade Administrativa, por exemplo. Isso ocorre por causa da facilidade no acesso e, principalmente, pela qualidade e esmero dos novos empreendimentos de alto padrão erguidos no bairro.

As pessoas acabam encontrando o padrão 'zona sul' no Dona Clara, com apartamentos de bom acabamento, de alto luxo. As edificações residenciais construídas recentemente no bairro são de usuais três ou quatro quartos e com o mínimo de duas vagas de garagem, “mandatórias” nos dias de hoje. Com nível de empreendimentos similares aos da região sul, mas por valores bem abaixo do praticado na zona englobada pela Avenida do Contorno. Segundo dados do Conselho Regional de Corretores de Imóveis de Minas Gerais (Creci-MG), de 2015, o preço médio do metro quadrado no Dona Clara em janeiro foi de R$ 4.420, enquanto no Lourdes o montante subiu para R$ 8.388 no mesmo período, quase o dobro do bairro majoritariamente residencial localizado na Pampulha.

 

2.DESENVOLVIMENTO/INFRA-ESTRUTURA:

 

Apesar de ser um clamor dos moradores do bairro um policiamento ostensivo, os índices de violência e criminalidade no Dona Clara estão dentro da média da capital mineira e, por conseguinte, da região da Pampulha. Os residentes demandam também a montagem de uma delegacia policial, já que a mais próxima fica no Planalto. Quanto ao acesso, o logradouro está muito bem servido. Além do Move/BRT e do metrô que os atendem, os moradores que desejam se locomover com seus próprios automóveis ou de outra maneira têm fácil entrada no bairro tanto pela Avenida Cristiano Machado quanto pela Avenida Antônio Carlos. Vale frisar que a principal via do bairro é a Sebastião de Brito, repleta de opções de comércio.

 

Vale frisar que o bairro traz uma oportunidade de comprar um apartamento e, com isso, fazer um bom investimento. O imóvel não deprecia, e isso é uma vantagem a ser explorada. De fato, o valor médio no Lourdes sofreu decréscimo de 0,6% entre dezembro de 2014 e o mês passado. Já no Dona Clara houve aumento de 2,7% no preço médio do metro quadrado. A valorização do imóvel é rápida.

 

Apesar de ser um clamor dos moradores do bairro um policiamento ostensivo, os índices de violência e criminalidade no Dona Clara estão dentro da média da capital mineira e, por conseguinte, da região da Pampulha. Os residentes demandam também a montagem de uma delegacia policial, já que a mais próxima fica no Planalto.

 

Quanto ao acesso, o logradouro está muito bem servido. Além do Move e do metrô que os atendem, os moradores que desejam se locomover com seus próprios automóveis ou de outra maneira têm fácil entrada no bairro tanto pela Avenida Cristiano Machado quanto pela Avenida Antônio Carlos. Vale frisar que a principal via do bairro é a Sebastião de Brito, repleta de opções de comércio.

Além disso, o Dona Clara ainda é favorecido por sua proximidade com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e conta com estrutura completa em termos de comércio, com supermercados, farmácias, agências lotéricas e bancárias. No entanto, falta ao bairro um supermercado de maior padrão. Em termos de lazer e entretenimento, é claro que o bairro perde com relação aos tradicionais da zona sul, mas conta com uma boa gama de bares e, inclusive, com o excelente La Palma, do renomado chef Ivo Faria. Em suma, assim como o reconhecido estabelecimento, o Dona Clara tem um cardápio interessante para quem deseja “fugir” dos altos preços, porém espera manter um alto padrão.


ENSEADA DAS GARÇAS

1.ORIGEM:

O bairro Enseada das Garças, localizado na região da Pampulha, como a maioria dos bairros daquela região, é originário do loteamento de uma das inúmeras fazendas existentes na região.

Por ter sido ocupado preferencialmente por chácaras, o bairro ainda preserva um clima ameno e agradável, além da aparência de cidade do interior.

É possível encontrar na região, pessoas andando à cavalo, algumas ruas de terra, e a nascente de uma mina, conhecida como Olhos d`água, além de muitas mangueiras, pitangueiras, jabuticabeiras e outras espécies frutíferas.

O nome do bairro, como o mesmo sugere, presta homenagem às garças, que pela proximidade da lagoa, frequentam rotineiramente o local.

2.DESENVOLVIMENTO/INFRA-ESTRUTURA:

Em uma tarde quente e com muito sol, o bairro Enseada das Garças mostra seu estilo pacato de ser. Pode-se notar em meio a muito verde, casas de alto padrão e outras mais simples, e ainda alguns lotes vagos.

O comércio da região é muito fraco, e a exemplo do bairro Braúnas possui infra-estrutura similar.

ITAPOÃ

1.ORIGEM:

O bairro Itapoã, localizado na região da Pampulha, surgiu na década de 70, a partir do parcelamento da fazenda de propriedade da família do ex-prefeito de Belo Horizonte Américo Renée Giannetti.

Os moradores mais antigos são testemunhas da ocupação iniciada ainda na década anterior e guardam na memória histórias dos primeiros anos de formação do bairro.

Um deles é o gerente comercial Clair José Benfica, o Izinho, que há 42 anos reside no bairro.

Segundo ele o Itapoã se formou a partir da construção de um conjunto habitacional destinado aos contabilistas.

O conjunto ainda faz parte da paisagem do local, mas sofreu muitas mudanças. As casas ganharam traços, formatos e tamanhos diferentes, o que as tornaram bem mais atraentes e requisitadas.

A Avenida Montese, que foi uma das primeiras vias do bairro, hoje é reduto de belos imóveis com metragens generosas e padrão de acabamento sofisticado.

As ruas arborizadas e floridas revelam a preocupação da população com a preservação ecológica, aspecto que fez parte da história de ocupação do bairro e que norteou todo o seu processo ambiental, a começar pela principal área de lazer da região, o Parque Municipal Lagoa do Nado.

Não é à toa que muitos dizem que morar ali é ser vizinho do verde durante o ano inteiro e ter o privilégio de ver cenas inusitadas para uma metrópole, como acordar com a algazarra dos pássaros toda manhã.

A área do parque fazia parte de um antigo entreposto usado por tropeiros, que no início do século XIX, era tido como ponto estratégico para as paradas, por causa do riacho Córrego do Nado, que anos mais tarde seria mantido como manancial de recarga natural na planta original da capital, traçada por Aarão Reis.

Essa mesma área, até a década de 60, integrava a Fazenda Engenho do Córrego do Nado, de propriedade da família do ex-prefeito de Belo Horizonte Américo Renée Gianetti.

Na década de 80, já em poder do Estado, a então Caixa Econômica do Estado de Minas Gerais – Minascaixa, encampou a proposta de loteamento para a construção de um condomínio de luxo.

Foi então que os moradores se uniram para reivindicar a transformação do lugar em um espaço de lazer e recreação, nascendo daí o Parque Municipal Lagoa do Nado.

2.DESENVOLVIMENTO/INFRA – ESTRUTURA:

O comércio local está distribuído em suas principais vias, entre elas as avenidas Olímpio Mourão Filho, Christiano Guimarães e Rua São Miguel.

O hipermercado Via Brasil e a Avenida Dom Pedro I, servem de referência para a região.

A rede gastronômica é formada por restaurantes de peso como Pizzaria Bambina, a mais tradicional do bairro, Carretão Gaúcho, Restaurante 3 Meninas, Pizzaria Mangabeiras e outros estabelecimentos.

Já o setor de serviços conta com pelo menos 4 grandes bancos, escolas públicas e particulares, universidade, clínicas, consultórios, salões de beleza e academias de ginástica.

Entre as opções de lazer, o Clube Labareda, na Avenida Portugal. Mas a grande vedete da região é o Parque Municipal Lagoa do Nado, que tem 300 mil metros quadrados de área verde, abriga biblioteca, sala multimeios, teatros, quadras poliesportivas, campo de futebol, pista para caminhadas, viveiros de mudas e um espaço contemplativo que é um dos mais belos e raros da capital.

A construção da Linha Verde, o alargamento da Avenida Antônio Carlos e a redução de 70% dos vôos do Aeroporto da Pampulha são prenúncios de maior desenvolvimento da região, inclusive com uma maior valorização dos imóveis.

JARAGUÁ

1.ORIGEM:

O historiador, folclorista e advogado Manoel Fonseca dos Reis conta que o bairro Jaraguá, localizado na região da Pampulha, é remanescente da Fazenda Sadonana, presente na região desde o início do século XX.

Como neto dos proprietários da fazenda, ele diz que o crescimento do bairro somente foi registrado a partir do início da década de 50, época em que parte da propriedade dos avós foi vendida para a construção do Conjunto Habitacional Vila dos Repórteres.

Desde então, novas construções foram surgindo, dentre elas, o Jaraguá Country Clube, clube fundado em 1961 por um grupo de empreendedores, a seguir listados: Adolfo Neves Martins da Costa, Arnaldo Magalhães Caldeira, Charles Simão, Décio Rocha, José de Oliveira Vaz, José Luiz de Almeida, Levínio Cunha Castilho, Mauro Roberto Malleta, Paulo Macedo Gontijo, Paulo Murilo de Lima Naves, Pedro Paulo Penido e Waldemar Lopes Martinez.

O nome dado ao clube, segundo o historiador, levaram os moradores a chamarem a região de Jaraguá, um tipo de capim plantado na Fazenda Sadonana, que servia de alimento para o gado.

Em 1965, o bairro Jaraguá ganhou a sua primeira instituição de ensino, a Escola Estadual Kennedy. Recentemente passou a contar também com a Universidade de Alfenas – Unifenas.

2.DESENVOLVIMENTO/INFRA – ESTRUTURA:

Um bairro de classe média moderno e com infra*estruta privilegiada, mas que sustenta ares interioranos. Assim é o Jaraguá, localizado na Região da Pampulha, próximo ao Aeroporto Carlos Drummond de Andrade, mais conhecido como Aeroporto da Pampulha. Apesar de não er o maior da redondeza, é o mais conhecido. É uma espécie de referência para quem mora nos bairros vizinhos como Dona Clara, Liberdade, São Luiz, Vila Indaiá, Santa Rosa e Universitário.

O bairro conta com boa infra-estrutura. Floriculturas, drogarias, supermercados, agências bancárias, salões de beleza e restaurantes de ótima qualidade são encontradas no bairrro, cm população estimada de 4 mil habitantes.

É predominantemente residencial por natureza com muitas casas e apartamentos. Mas, em razão da proximidade com o aerorporto, várias empresas também se fixararam no local.

Para morar no Jaraguá e usufruir de todos os benefícios que o bairro oferece, é necessário desembolsar uma boa quantia. Em razão de todas as suas qualidades, o preço médio de um imóel de 3 quartos está avaliado em R$ 500 mil. O metro quadrado gira em torno de R$ r mil.  

 

OURO PRETO

1. ORIGEM:

Construído a partir da Fazenda dos Menezes, que existia até a década de 60, o bairro Ouro Preto, localizado na região da Pampulha, surgiu após o loteamento desta propriedade.

O crescimento mais acentuado veio com a construção de um dos principais corredores de trânsito da capital, a Avenida Carlos Luz, que tinha por finalidade melhorar o acesso ao Estádio Governador Magalhães Pinto, mais conhecido como Mineirão.

Até então, o único acesso ao bairro era feito pela antiga estrada do Engenho Nogueira.

Hoje, a região tem várias opções de acesso, entre elas as avenidas Pedro II, Carlos Luz, Tancredo Neves, Sarandi e o Anel Rodoviário.

2. DESENVOLVIMENTO/INFRA-ESTRUTURA:

Nos anos 70 o comércio começou a se estabelecer de maneira mais definida e a área residencial foi se expandindo.

A grande mudança, no que diz respeito às moradias, é mais recente e há pelo menos 10 anos vem se transformando.

As residências unifamiliares cederam e ainda cedem espaço aos prédios de 3 ou 4 andares, que se dispõem ao longo da Avenida Fleming e de ruas como Desembargadora Paula Mota e Monteiro Lobato.

O bairro tem boa infra–estrutura em termos de serviços e produtos, tais como street malls (shoppings de rua), hipermercados, supermercados, rede de fast food, drogarias, bancos, clínicas, padarias, colégios, clubes, bares, restaurantes, lojas de roupas, material elétrico, laboratórios, lojas de móveis e decoração, oficinas mecânicas e serviços diversificados.

A demanda por espaços, aliada às restrições naturais do lugar, ajudaram a aquecer o mercado, tornando a região um local cada vez mais disputado.

O bairro tem atraído estudantes e professores da UFMG, funcionários da Usiminas, Carrefour e vários atletas, pela proximidade com a Toca da Raposa II.

Quanto a áreas verdes, o bairro oferece o Parque Elias Michel Farah, localizado na Rua Desembargadora Paula Mota, com 7.210 metros quadrados, sendo que 80% do espaço é ocupado por eucaliptos de grande porte e canteiros de forrações ornamentais.

A fauna se restringe a aves, insetos, pequenos mamíferos e roedores. Além do espaço contemplativo, o lugar oferece play-ground e recantos com mesas, bancos e pequenos lagos.

PAMPULHA

1.ORIGEM:

Em 1936, na administração do prefeito Otacílio Negrão de Lima, iniciou-se o represamento do ribeirão Pampulha, objetivando a construção de uma lagoa, cuja finalidade seria amortecer enchentes e contribuir para o abastecimento da capital.

Ela foi inaugurada em 1943 como o nome de Lagoa da Pampulha, no momento mais efervescente da consolidação do modernismo desenvolvido pelo então prefeito de Belo Horizonte, Juscelino Kubitschek.

O prefeito pretendia transformar a cidade numa metrópole moderna, capaz de realizar intercâmbio cultural com os principais centros urbanos do país.

Seu programa focalizava a expansão urbana, a abertura de largas avenidas e a criação de novos bairros, como a Pampulha.

Neste sentido, a Pampulha foi criada para ser local de lazer e turismo, com uma igreja dedicada a São Francisco de Assis, um cassino, um clube e uma casa de baile.

Para implementar esse audacioso projeto, Juscelino Kubitschek convidou os mais ilustres arquitetos, paisagistas e artistas plásticos brasileiros - Niemeyer, Burle Marx, Portinari, Ceschiatti, José Pedrosa, August Zamoisky e Paulo Osir Rossi, que a planejaram de acordo com os padrões modernistas internacionais.

A Lagoa, parte mais importante do projeto, tornou-se o mais antigo e tradicional lago dentre os integrantes das bacias do Rio das Velhas e São Francisco.

Quando inaugurada, em 1943, possuía capacidade de acumulação de 18 milhões de metros cúbicos. Com o rompimento ocorrido em 1954, a lagoa sofreu grande redução na sua capacidade de acumulação, caindo para 13 milhões de metros cúbicos.

2.DESENVOLVIMENTO/INFRA – ESTRUTURA:

A Lagoa perdeu, nas últimas três décadas, mais da metade de sua capacidade de retenção, hoje estimada em 7 milhões de metros cúbicos.

Projetada em área rural e estruturada para ser um reservatório de abastecimento, a represa agregou ainda a função hidrológica de amortecera das ondas de cheias, reduzindo a vazão de pico dos cerca de 40 cursos dágua que compõem a sua bacia hidrográfica, evitando inundações à jusante.

Entretanto, o quadro atual de assoreamento reduziu a sua eficácia. Como possíveis causas de instalação deste quadro, citamos o processo de ocupação da sua bacia hidrográfica, desde o início dos anos 50, somada à poluição advinda do Centro Industrial de Contagem (CINCO), da Ceasa, do Aterro sanitário, das áreas de bota-fora e dos loteamentos residenciais, que geraram uma grande movimentação de terra carreada para a represa, além da poluição por esgoto.

Nas últimas décadas, o fenômeno de assoreamento da Lagoa e da deteriorização de suas águas acelerou-se chegando, em 1998, ao lamentável quadro de perda de 50% do seu volume de reservação e de 40% da área do espelho dágua, apresentando elevados teores de matéria orgânica e baixas concentrações de oxigênio dissolvido.

Ao longo dos anos, a ocupação desordenada e os escassos investimentos em saneamento básico trouxeram sérias consequências sócio-ambientais para a bacia da Pampulha. Hoje, estes problemas encontram-se refletidos não só no estado de degradação do espelho dágua da lagoa como nas condições de vida da população residente ao redor de sua orla, população essa estratificada em diversos níveis sócio-econômicos, variando do padrão muito baixo até o muito alto. Entretanto, a grande maioria da população, cerca de 70%, encontra-se nas faixas de renda baixa e muito baixa.

A situação social da população da bacia agravou-se pela precariedade do saneamento básico. Cerca de 30% da área não possui rede de coleta de esgotos e aproximadamente 20% não é atendida com coleta regular de lixo.

Os índices de qualidade de vida urbana - IQVU na Pampulha em 1998, encontravam-se, em 90% da área, abaixo do padrão médio do município.

Devido a essa ocupação desordenada, a Lagoa da Pampulha passou a receber anualmente cerca de 380.000 metros cúbicos de sedimentos.

A persistir esta situação, o seu assoreamento completo se dará até o ano 2.020. Como consequência do assoreamento, a Lagoa da Pampulha perderá uma de suas finalidades, ou seja, o amortecimento de cheias. O reflexo deste problema colocará em risco a vida de milhares de habitantes de vilas e bairros que se localizam em áreas susceptíveis a inundação, bem como o aeroporto localizado à jusante do vertedouro da represa.

Também o grande volume de esgotos (matéria orgânica, coliformes, metais pesados, etc.) e de resíduos sólidos (plásticos, latas, vidros, etc.) que chegam diariamente à lagoa, contribuem para o seu assoreamento e para a eutrofização de suas águas.

Dada a complexidade da atual situação ambiental, acima apresentada, a Prefeitura de Belo Horizonte vem realizando nos últimos anos importantes ações mitigadoras no sentido de recuperar essa bacia: dragagem parcial; retirada de aguapés; educação ambiental; controle de vetores; monitoramento da qualidade das águas; construção da estação de tratamento das àguas dos córregos Sarandi e Ressaca; pavimentação de ciclovia; restauração e reforma da Casa do Baile; restauração da igreja de São Francisco de Assis e compra da Casa de Juscelino Kubistcheck. A partir de 1998, como resultado da retirada de material sedimentar de seu leito, foram formadas 3 ilhas, posteriormente interligadas, que se transformaram em uma grande área com cerca de 27 hectares, cuja remoção era inviável sob todos os aspectos técnicos possíveis.

Em 21 de outubro de 1997, o Conselho Municipal do Meio Ambiente – COMAM, ao aprovar o Programa de Recuperação da Lagoa da Pampulha – PROPAM, definiu que as ilhas seriam transformadas em um espaço de preservação ambiental.

Com isso, em 2003, a PBH desenvolveu um projeto para implantação de um parque ecológico no local. Inaugurado no ano seguinte, ele tornou-se rapidamente uma atração pública, levando, em média, 20 mil visitantes ao local nos finais de semana.

Atualmente a PBH desenvolve um programa de retirada de cerca de 300 mil metros cúbicos de sedimentos, objetivando desassorear a Lagoa.

Para que o espelho d’água volte às suas características paisagísticas originais e de bacia de amortecimento de cheias, estima-se que mais 200 mil metros cúbicos deverão ser retirados.

A orla da Lagoa é frequentada por um grande número de pescadores. Em 1990 foram entrevistados em torno de 400 pescadores num universo de cerca de 2.000 cadastrados .

A maioria de baixa condição social (86,9%). A pesca constitui-se para esse segmento, em um importante item de suplementação alimentar, uma vez que 83,3% pescam com essa finalidade, e 9,1% pescam por lazer, enquanto 7,75 pescam por ambos os motivos. As espécies mais encontradas, segundo os entrevistados, foram: tilápias, trairão e pirambeba.

A presença desses peixes na Lagoa da Pampulha deve-se provavelmente, a introdução realizada, tanto pelo poder público, como por particulares.

SANTA AMÉLIA

1.ORIGEM:

Situado na região da Pampulha, o bairro Santa Amélia teve um grande surto de desenvolvimento a partir de 1996, época em que a Caixa Econômica Federal retomou os financiamentos de imóveis com recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço – FGTS.

Àquela época, o Santa Amélia era um dos poucos bairros da região da Pampulha que ainda tinha oferta de lotes vagos.

O resultado desta combinação, foi surgimento de vários edifícios de 2 e 3 andares, ao lado de belas residências unifamiliares.

2.DESENVOLVIMENTO/INFRA – ESTRUTURA:

O bairro Santa Amélia conta com boa infra-estrutura em termos de produtos e serviços, tendo a sua disposição o Hipermercado Via Brasil, no bairro vizinho Itapoã, lojas, sacolões, açougues e agências bancárias.

As suas principais vias de acesso são as avenidas Antônio Carlos, Cristiano Machado e Carlos Luz. Possui população estimada em 6,5 mil pessoas.

Dento do bairro, o movimento é grande nas avenidas Portugal, que corta quase toda a região, e Guarapari, ponto de encontro dos jovens, principalmente à noite.

SANTA BRANCA

1. ORIGEM:

Originário de parte das terras que pertenciam à Família do ex-prefeito Américo Renée Gianetti, o bairro Santa Branca, localizado na região da Pampulha, teve sua ocupação iniciada em 1950, mas só em 1972 recebeu o nome atual.

Marcado por residências unifamiliares e pela tranquilidade em ruas arborizadas, o bairro tem boa infra-estrutura e serviços comparáveis aos melhores bairros de Belo Horizonte.


2. DESENVOLVIMENTO/INFRA – ESTRUTURA:

Perto da Lagoa da Pampulha, o bairro desfruta do privilégio de ter à vista um dos mais belos cartões postais da cidade.

O crescimento demográfico verificado na década de 70 viabilizou a implantação de bancos, redes de supermercados, comércio diversificado e grandes madeireiras no local.

Mas só recentemente o bairro passou a ser visto como um centro de oportunidades, com grande potencial imobiliário.

Acrescente-se a isso as perspectivas de desenvolvimento que inevitavelmente virão com a construção da LINHA VERDE, com a duplicação da Avenida Antônio Carlos e com a interligação das avenidas Montese e Anuar Menhen.

Esta última perspectiva criará novas opções de acesso à orla da Lagoa, à Avenida Pedro I e ao vizinho bairro Santa Amélia.

A construção da estação de integração BH BUS PAMPULHA, cujo projeto encontra-se em fase de implantação, beneficiarão mais de 55 mil passageiros por dia. A estação será construída num terreno público, no cruzamento das avenidas Pedro I e Portugal.

As ofertas de lazer no bairro são restritas, considerando que possui apenas uma praça, a da Saudade, e 2 clubes. Mas ninguém se queixa desse detalhe, até porque o Santa Branca está a cerca de 300 metros do complexo da Pampulha – incluindo o Mineirão, Mineirinho, Zoológico e outras opções de lazer.

O grande número de motéis traz desconforto para alguns moradores. Em monografia realizada pela estudante de geografia Sandra Machado Silva, moradora do bairro há 24 anos, a questão foi abordada através de levantamentos baseados em depoimentos pessoais, pesquisas e gráficos.

O trabalho, não conclusivo, apontou índícios de que o crescimento da prostituição está intimamente ligado ao aumento da violência no bairro.

Segundo Sandra, o fenômeno acaba sendo um cartão postal ruim e que, ainda por cima, traz constrangimento.

Os professores Délio Moreira e Eliane Cangussu Wanderley, representantes da Associação dos Moradores do Bairro Santa Branca(ABSB), afirmam que é preciso transformar a convivência com os motéis numa relação viável e menos constrangedora.

O que não dá para tolerar são os atentados violentos ao pudor, a exploração sexual e o aliciamento de estudantes, entre outras práticas que constrangem e assustam os moradores e visitantes, desabafa Délio Moreira.

SANTA MÔNICA

1.ORIGEM:

As terras onde hoje se encontra o bairro Santa Mônica, localizado na região da Pampulha, foram antes ocupadas por grandes e pequenas fazendas, sítios e chácaras. No fim dos anos 50, muitos dos proprietários dessa terras começaram a vendê-las, com medo da reforma urbana anunciada por políticos da época.

Essa versão é confirmada por antigos moradores do bairro, que afirmam que o bairro nasceu do loteamento de várias fazendas da região. Entre os proprietários destas terras estavam os empresários Arlindo Pereira Caixeta, Henrique Polay, João Viana, Antônio Cury, Jackson Passos, Rubens Lopes, Justino Frossard e Antônio Luciano, dono da antiga construtora Fayal S/A.

2.DESENVOLVIMENTO/INFRA – ESTRUTURA:

Apaixonados pelo Santa Mônica, um grupo de moradores contam como o bairro se desenvolveu:

* Segundo o empresário Ângelo Custódio, morador do bairro há 40 anos, podia-se contar nos dedos as casas existentes no bairro. Entre as poucas ruas abertas, só a Rua José de Alencar era asfaltada. A Avenida Érico Veríssimo, que hoje abriga a maior parte do comércio e serve de ligação com outros importantes corredores de tráfego da cidade, era inexpressiva e só viria ganhar destaque a partir da década de 70;

* Segundo o balconista Ovído Lélio Pinheiro, também morador há 40 anos, o bairro só existia no papel e o que hoje se tornou rua era só mato, com animais passeando à vontade;

* Já o presidente da Associação de Moradores, Kid Moreira, não só viu como participou do crescimento do Santa Mônica. Para ele, a disposição dos pioneiros foi fundamental para que o lugar se desenvolvesse. Ele diz que as maiores carências estão nas obras de infra – estrutura, incluindo a canalização do córrego de Maribondo, que vai interligar a Avenida 12 de outubro e criar novos acessos para o bairro, além da instalação de agências bancárias e da ampliação do número de postos de saúde e áreas de lazer.

Pode-se dizer que o bairro Santa Mônica equilibra-se entre 2 pólos importantes da capital: a Pampulha e a região de Venda Nova, áreas de forte apelo comercial e de prestação de serviço. Isso garante aos moradores do bairro acesso fácil a padarias, supermercados, sacolões, farmácias, escolas públicas e particulares, bares, restaurantes, salões de beleza, lojas, clínicas médicas e odontológicas, centros veterinários, hospitais e postos de saúde.

O bairro, entretanto, não oferece muitas opções de entretenimento. Nos momentos de folga, a população local busca áreas de lazer na vizinhança, como a própria Pampulha, o Sesc Venda Nova e os parques Alexander Brant, no bairro Candelária, e Lagoa do Nado, no vizinho Itapoã.

Com população estimada em 27 mil moradores, o bairro Santa Mônica vive hoje a expectativa de que obras públicas, a exemplo da Linha Verde, duplicação da Avenida Antônio Carlos e a construção do Centro Administrativo do Estado, no bairro Serra Verde, estimulem ainda mais o seu desenvolvimento.

 

SANTA ROSA

 

1.ORIGEM:

 

O Bairro Santa Rosa, na Região da Pampulha, surgiu em 1974. Mas ele não se localiza em uma área tão nova assim. Como em outros pontos de Belo Horizonte, parte do local é mais antiga que a cidade. Na época do Curral del-Rei, nome do arraial escolhido para abrigar a nova capital, a região já era conhecida como Arraial da Pampulha. Conta-se que o nome faz referência a seus primeiros moradores, que vieram de Portugal. Eles batizaram a região de Pampulha por ser este o nome de onde viviam em Lisboa. Hoje, essa localidade não existe mais e denomina apenas uma rua, a Calçada da Pampulha, na capital portuguesa.

No início de Belo Horizonte, a Pampulha teve uma importante função no desenvolvimento da nova capital. Formada por muitas fazendas, sítios e chácaras, era de lá que saía grande parte das mercadorias que abasteciam a cidade. Isso porque a região concentrava atividades agropecuárias e a produção de leite. Com o passar do tempo, as grandes áreas foram loteadas. Uma delas foi a Fazenda da Pampulha, também conhecida como Pampulha Velha, que deu origem a bairros como o Santa Rosa. A mudança acompanhou o ritmo acelerado das transformações pelas quais passava todo o país. Com o progresso, os caminhos estreitos de terra batida foram substituídos por ruas e avenidas pavimentadas.

2.DESENVOLVIMENTO/INFRA-ESTRUTURA:

A paisagem também mudou. Os casebres, antes distantes uns dos outros, foram dando lugar às casas de alvenaria, que ficavam cada vez mais próximas. Era muito mais pacato, tinha muitos lotes vagos. Hoje não tem quase nenhum.

Há mais de duas décadas, o acesso a gêneros de primeira necessidade também não era tão fácil como atualmente. Naquela época, havia só alguns armazéns. Hoje há supermercado, farmácia e vários outros comércios. O bairro ainda conta com escolas e opções de lazer, como restaurantes, pizzarias e praça.

Outra conquista do bairro foi a construção de uma igreja. E é graças a essa capela e às paróquias Santo Antônio e de Santa Catarina que a população pode se reunir em festas que comemoram seus padroeiros.  Com relação ao bem-estar, os moradores também encontram opção para se exercitar. Na Academia da Cidade, projeto desenvolvido pela prefeitura, eles podem fazer ginástica.

A população também se prepara para receber um parque ecológico, que atenderá ao Santa Rosa e vizinhança. Conquistado no Orçamento Participativo (OP), o local terá pista de atletismo, quadra poliesportiva, espaço de convivência para idosos, entre outros. Mesmo com essas mudanças, o bairro consegue conservar um pouco de sua origem.

 Com acesso pela Avenida Antônio Carlos, o Santa Rosa tem como via principal a Avenida Santa Rosa. Por ela passam as linhas 9501 (Jaraguá/São Lucas), 5201 (Buritis/Dona Clara), 503 e 504 (Santa Rosa/Aparecida/São Luís).

Estudos feitos na capital pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis da Universidade Federal de Minas Gerais (Ipead/UFMG) classificam o Santa Rosa como de alto padrão. Essa classificação é obtida a partir da renda média dos chefes de família do bairro, que está entre 8,5 e 14,5 salários mínimos.

De acordo com a pesquisa, realizada em junho, os valores médios de aluguel na região – considerando a classificação do bairro – são de R$ 758,89 para apartamento de três quartos. No mercado de compra e venda, o levantamento apurou em abril que os preços variavam entre R$ 245 mil e R$ 700 mil.

 

SANTA TEREZINHA

 

1.ORIGEM:

Relativamente novo, o Santa Terezinha, bairro que pertence à Regional Pampulha, segue em constante transformação. Da propriedade rural que há pouco mais de 50 anos ocupava a região, pouco resta. E hoje, após a recente expansão populacional e do mercado imobiliário de Belo Horizonte, a mudança está no perfil dos moradores. As casas construídas à época do lançamento do loteamento, voltadas para classe mais simples, começam a dar lugar a edifícios que têm como público-alvo a classe média.

Essa mudança levou algum tempo. As casas eram simples, bem humildes. A partir dos anos 2000, com o crescimento de Belo Horizonte, os imóveis antigos começaram a dar lugar a casas mais novas, modernas e com bom padrão de acabamento. Atualmente, estão construindo mais prédios no bairro. Fora o Conjunto Santa Terezinha, não existiam muitos edifícios no local.

Acompanhando o crescimento de bairros vizinhos, como o Castelo e o Ouro Preto, o Santa Terezinha começou a receber mais atenção dos órgãos públicos. Um exemplo disso é a considerável diminuição de enchentes, problema que, há pouco tempo, era recorrente. As pessoas ficavam ilhadas, sem poder entrar ou sair. Não que não exista mais, mas reduziu muito. Principalmente pelas obras que a prefeitura tem feito aqui na região aumentaram a participação e conscientização da população como responsável pela melhoria das condições da vizinhança, destacando a importância do Orçamento Participativo (OP) da Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) para que as obras necessárias saíssem do papel. Outro fator que melhorou a vida dos moradores e ajudou a mudar a cara do bairro foi a melhoria das vias de acesso à região.

De acordo com a Lei Municipal 10.698/2014, que definiu a última organização de bairros e regionais de Belo Horizonte, o Santa Terezinha tem início no cruzamento da Rua Casablanca com a Avenida Professor Clóvis Salgado. Da primeira, segue até o final da Rua Itatiaiuçu. Seguindo em linha reta do final da segunda até a Rua Colonita, desce até o cruzamento com a Rua Florença. Desta, segue a Rua Chapada do Norte até o cruzamento com a Rua Elmar. Pela última, segue até a Avenida Heráclito Mourão de Miranda. Deste ponto, o bairro fica entre a última e as avenidas Ayres da Mata Machado, Henfil, Serrana e Professor Clóvis Salgado. É uma das maiores vizinhanças em área da Regional Pampulha, onde é margeada pelo Bandeirantes, Itatiaia, Urca, Serrano, Castelo e Paquetá.

A região fazia parte da antiga Fazenda da Serra, de propriedade do coronel Francisco Menezes Filho, que, por muitos anos, forneceu leite, hortaliças e vegetais para Belo Horizonte. Na década de 1960, com a expansão de BH e o aumento de ocorrências de invasões de terras, os herdeiros de Francisco Menezes Filho resolveram lotear e comercializar a propriedade, dando origem a vários bairros.

 

2.DESENVOLVIMENTO/INGRA-ESTRUTURA:

 

Era um bairro humilde. O Santa Terezinha fazia parte do lado mais pobre da Pampulha, e as outras áreas, como o Bandeirantes e o Castelo, eram as mais ricas. De 15 anos para cá, o perfil mudou muito. A preocupação das construtoras e novos moradores também mudou, e tenho notado um cuidado maior com a fachada das construções, com os muros e os passeios, o que não era comum antigamente.

Além da modernização das casas mais antigas, a grande transformação de formato de ocupação do bairro foi o aumento dos empreendimentos verticais. Os prédios mais novos têm padrão de acabamento bom. Em sua maioria, são edifícios residenciais de, no máximo, quatro andares, sem elevador. A maior oferta é de apartamentos de dois e três quartos, com duas vagas de estacionamento. A vizinhança chamou a atenção de investidores pelos lotes de bom tamanho, em média 360 metros quadrados, e o preço mais em conta comparado com outros bairros da Pampulha.

Em termos de serviços e comércios, o Santa Terezinha ainda é carente. Mesmo assim, empresas familiares ainda oferecem boas opções aos moradores, com farmácias, hortifrútis, loterias, padarias, açougues, papelarias, mercearias, bares e restaurantes. Também conta com boa variedade de colégios públicos e privados, além de abrigar o Centro de Saúde Santa Terezinha e a Unidade de Pronto-Atendimento Pampulha. Porém, o que falta no bairro, como agências bancárias, é acessível em vizinhos como o Serrano e o Ouro Preto. Boa parte dos pontos comerciais se concentra nas principais avenidas e na Rua Julita Nogueira Soares.

Se faltam opções de lazer ao ar livre, o clima de interior ainda é preservado no bairro. Assim, ver crianças brincando nas ruas ou na Praça Alexandre Moterani – única da vizinhança, que conta com uma academia a céu aberto – é comum. “Aqui você conhece os vizinhos pelo nome, cumprimenta as pessoas na rua”, completa Sandra Alexandre, afirmando que essa é uma das características mais valorizadas do Santa Terezinha. Além disso, vários espaços públicos de preservação ambiental, como o Parque Ursulina de Andrade Melo, o Parque Ecológico da Pampulha e o Parque Cássia Eller, além da própria Lagoa da Pampulha, ficam a poucos minutos do bairro.


UNIVERSITÁRIO

1.ORIGEM:

“ Brevemente será lançado o novo Bairro Universitário, com plano de urbanização moderno, aprovado pela PBH. Vamos ter ótimos lotes à venda, sendo proprietário Jacinto Marcelino Ferreira. Escritório: Rua dos Carijós, 136, 6º andar, centro ”. Esses dizeres constavam de uma placa fixada no então projeto do bairro, localizado na região Pampulha, lá pelos idos de 1944.

O local que era remanescente de parte da Mata Atlântica, foi, aos poucos, sendo tomado por edificações. Mesmo assim, ainda guarda características interioranas.

A ocupação do bairro começou em 1945. O nome foi escolhido por causa da cidade universitária da UFMG.

“Esse bairro era uma maravilha, tinha mato para todo lado. Só se ouvia o som do vento e das aves. As águas dos córregos eram transparentes. Tinha até uma cachoeira no córrego dos Papini, onde muitas famílias se reuniam para fazer piquenique nos finais de semana. Era preciso caminhar quase uma hora por trilhas estreitas para se chegar à Av. Antônio Carlos, onde pegava-se o bonde para a Pampulha”, relata um antigo morador.

2. DESENVOLVIMENTO-INFRA-ESTRUTURA:

Com a construção da Linha Verde e do Centro Administrativo do Governo de Minas, no Bairro Serra Verde, o bairro Universitário certamente terá grande valorização de seus imóveis, já que possui saída estratégica pelo Anel Rodoviário e para as Avenidas Antônio Carlos e Isabel Bueno, importantes corredores de tráfego da Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Embora esteja localizado na região da Pampulha, a Lei Municipal de Uso e Ocupação do Solo permite a construção de edifícios mais altos.